Varíola dos macacos é identificada em crianças pela primeira vez

25 de julho 2022 - 08h04
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Pela primeira vez, duas crianças foram diagnosticadas com varíola dos macacos. De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), os dois casos não estão relacionados e, provavelmente, o vírus foi transmitido por familiares. O comunicado foi feito na sexta-feira (22), um dia antes de a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar a doença como emergência de saúde mundial.

Segundo as autoridades de saúde norte-americanas, as ocorrências emitem alerta para todos, pois o vírus pode ser transmitido para qualquer pessoa que tenha tido contato muito próximo com pacientes infectados.

Uma das crianças diagnosticadas mora no estado da Califórnia, e a outra é um bebê cuja família não mora nos Estados Unidos e que estava viajando para o estado de Washington.

O comunicado do CDC detalhou que as crianças passam bem e estão sendo tratadas com o antiviral tecovirimat, ou TPOXX, como é conhecido. O medicamento é recomendado pela agência de saúde para crianças menores de 8 anos.

A diretora do CDC, Rochelle Walensky, disse em entrevista ao jornal Washington Post que os casos têm relação com indivíduos que são da comunidade de HSH (homens que fazem sexo com homens). No entanto, as investigações sobre a contaminação em ambos os casos ainda estão em andamento.

Jennifer McQuiston, vice-diretora da Divisão de Patógenos e Patologia de Alta Consequência do CDC, afirmou em uma videoconferência que não é surpresa que os casos da doença em crianças estejam sendo registrados. “Embora a maioria dos diagnósticos ainda seja entre homens que fazem sexo com homens, qualquer pessoa pode ser contaminada quando há contato físico muito próximo”, destacou.

No caso de crianças, a agência informou que esse contato pode incluir segurar, abraçar, alimentar e compartilhar itens como toalhas, roupas de cama, copos e utensílios.

Com informações do Metrópoles