VÍDEO: Bolsonaro diz que não vai responder CPI sobre caso Covaxin: "Caguei"

09 de julho 2021 - 03h01
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) minimizou a carta enviada ontem por membros da CPI da Covid, que lhe pedem para confirmar ou não as denúncias de irregularidades feitas pelo deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) sobre o contrato de compra da vacina Covaxin, desenvolvida pelo laboratório indiano Bharat Biotech.

"Hoje foi o Renan [Calheiros (MDB-AL)], o Omar [Aziz (PSD-AM)] e o saltitante, fizeram uma festa lá embaixo, na Presidência, entregando um documento para eu responder. Sabe qual a minha resposta, pessoal? Caguei. Caguei para a CPI, não vou responder nada", disse Bolsonaro durante sua live semanal, fazendo menção ao relator e ao presidente da comissão.

Já "saltitante" é como o presidente chama, em tom ofensivo, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI.

Agora sou corrupto sem ter gasto um centavo com vacina. Zero. (...) Não vou responder nada para esses caras, não vou responder nada para esse tipo de gente, em hipótese alguma. Eles não estão preocupados com a verdade, e sim em desgastar o governo. O Renan, por exemplo, é 'aliadíssimo' do Lula, o cara quer a volta do Lula a qualquer preço.
Jair Bolsonaro, durante live

Depois, Bolsonaro ainda acusou os membros da CPI de "criarem caos", já que a comissão também é foco de atenção do mercado financeiro. Sem apresentar dados que comprovem sua fala, o presidente disse que os desdobramentos das investigações "mexem na Bolsa [de Valores]", "fazem aumentar o preço do petróleo" e "fazem aumentar o preço do combustível por tabela".

"Não tenho paciência para ficar ouvindo patifes acusando o governo", atacou. "CPI de picaretas. Só um imbecil como Renan Calheiros, um hipócrita como Omar Aziz e um analfabeto como Randolfe levam essa narrativa [acusações de corrupção] para frente."

A carta mencionada pelo presidente é assinada por Omar Aziz, Renan Calheiros e Randolfe Rodrigues, que hoje cobrou respostas sobre o caso Covaxin. Segundo o vice-presidente da CPI, o documento tem como objetivo dar a Bolsonaro a oportunidade de se manifestar.

"Nós estamos há 12 dias sem uma resposta do presidente da República [sobre as denúncias]. A carta objetiva só uma coisa: saber a resposta do presidente da República a respeito disso. Ele está há 12 dias sem se manifestar sobre esse tema. A gente quer dar a Vossa Excelência a oportunidade de se manifestar", disse o senador.

Com informações de UOL