VÍDEO: Novos áudios mostram ligações entre porteiro e casa de Bolsonaro; ouça

30 de Outubro 2019 - 12h08
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Novos áudios divulgados na tarde desta quarta-feira (30) pelo vereador Carlos Bolsonaro (PSL) mostram ligações feitas entre a portaria e as casas da família Bolsonaro no condomínio Vivendas da Barra, zona oeste da capital do estado, no dia da morte da ex-vereadora Marielle Franco (PSOL).

As gravações aconteceram em horários diferente ao apontado pela reportagem do Jornal Nacional, da TV Globo, e que indicariam a chegada ao condomínio do ex-policial Élcio de Queiroz, um dos suspeitos de matar Marielle, às 17h13 daquele 14 de março de 2018.

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Às 15h58, em ligação para a casa 58, endereço no Rio de Janeiro do presidente Jair Bolsonaro, uma ligação indica a chegada de uma entrega de fast food. Às 17h58, uma ligação para a casa do deputado Carlos Bolsonaro, número 36, comunica a chegada de um veículo de transporte por aplicativo.

"Há uma tentativa proposital e descarada de desencadear movimentos semelhantes aos que ocorrem em outros países da América Latina e favorecer os bandidos de sempre! Ou vão dizer agora que a culpa é do entregador de fast-food e do Uber?", questionou.

Segundo Carlos, fica claro que não há, ao contrário do que afirmou a reportagem da TV Globo na noite de terça-feira (29), uma ligação para a casa de Jair Bolsonaro no horário citado, e não faria sentido a afirmação, atribuída ao porteiro, de que "seu Jair" teria autorizado a entrada do ex-policial Élcio de Queiroz.

Élcio, segundo a denúncia, teria usado o nome de Jair Bolsonaro para acessar o condomínio no dia 14 de março de 2018, momentos antes do assassinato. Após a ligação da portaria ao número 58, no qual mora o presidente, o criminoso teria, de acordo com a TV Globo, se encaminhado para a residência de Ronnie Lessa, principal acusado pela morte (ele é proprietário de duas casas, a 65 e a 66).

O presidente Jair Bolsonaro falou em entrevista exclusiva à Record TV e negou qualquer ligação de sua família com a morte de Marielle. O presidente apontou o governador Wilson Witzel como um dos responsáveis por vazar a informação do depoimento para a TV Globo e disse que o porteiro pode ter sido induzido a erro.