VÍDEO: Prefeito bate com cinto em manifestantes na Bahia

05 de Dezembro 2020 - 14h40
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O prefeito da cidade baiana de Barra do Mendes, Armênio Sodré, chamado de Galego do MDB, usou um cinto para agredir manifestantes que estavam frente da casa dele, na noite de ontem (4). A ação foi registrada por câmeras de segurança.

Os moradores protestavam contra falta de ações para combate à covid-19 na cidade. Armênio chegou em carro, desceu do veículo segurando um cinto e agrediu os manifestantes. Simone Souza ficou com uma mão sangrando e está com marcas da agressão pelo corpo.

"Quando a gente estava lá em frente à casa dele, ele [prefeito] chegou, parou o carro, e já desceu do carro dele por trás [das pessoas], todos correram quando viram ele. Eu fiquei para trás porque a mulher dele me desviou atenção chamando meu nome. Foi quando ele partiu para cima de mim com o chicote [cinto] na mão, me chicoteando várias vezes. De imediato, vi minha mão sangrando e fui levada ao hospital de Barra do Mendes”, disse.

Simone contou ainda que o grupo que realizou o protesto é amigo de um rapaz que está com covid-19 e necessita de um respirador ou de transferência para local mais equipado para tratar a doença.

“Estamos indignados com nosso amigo precisando de um respirador, sentindo falta de ar. Os grupos se manifestaram para pedir ajuda as autoridades para arrumar vaga em Irecê ou em Salvador. A gente ficou muito triste ao saber que tinha esse amigo da gente lá precisando desse respirador, sendo que com o dinheiro do Covid ele [prefeito] conseguiria trazer um respirados para nossa cidade", afirmou.

Por meio de nota, o prefeito disse que as denúncias acerca de desvios de verbas para o combate à covid-19 na cidade são improcedentes. Segundo Galego do MDB, a verba está sendo usada e acompanhada pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA).

Ele também disse que a manifestação foi iniciada por uma comerciante insatisfeita com um decreto que determinou o fechamento do comércio até amanhã (6), devido ao crescimento no número de casos de covid-19 em Barra do Mendes.

Ainda segundo Galego, os manifestantes soltaram foguetes em direção à casa dele, colocaram cartazes no muro e no portão do imóvel, chutaram e esmurraram o portão, o que assustou a mãe dele, de mais 90 anos e que tem problemas de saúde, além das filhas, uma criança e uma adolescente.

Ele afirmou ter agido "intempestivamente" ao saber da manifestação, admitiu o erro e se desculpou.

O caso foi registrado na Delegacia de Irecê e está sendo investigado pela Polícia Civil.

Fonte: G1