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A realização de vasectomias entre jovens sem filhos tem se tornado cada vez mais comum. Segundo dados da Secretaria de Saúde Pública do Rio Grande do Norte (Sesap), o número de procedimentos no estado aumentou de 195 para 423 entre 2022 e 2024. No Brasil, o crescimento foi de 40% no mesmo período, passando de 67 mil para 95 mil cirurgias, segundo o Ministério da Saúde.
A alta está relacionada à mudança na legislação do planejamento familiar, que reduziu a idade mínima para a esterilização voluntária de 25 para 21 anos, independentemente do número de filhos e sem a necessidade de consentimento do cônjuge. O urologista Maurício Ferreira, do Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol/UFRN), observa um aumento na procura por pacientes jovens, sendo a maioria homens com apenas um filho.
Muitos desses pacientes relatam não ter pretensão de ter filhos em nenhum momento da vida, enquanto outros alegam dificuldades financeiras ou preferem não ter mais de um filho. O médico explica que a vasectomia é um procedimento definitivo e altamente eficaz, mas a reversão, embora possível, tem menores chances de sucesso à medida que o tempo passa.
Após a cirurgia, o paciente deve seguir cuidados pós-operatórios, como repouso, uso de compressas frias e analgésicos. Além disso, deve manter outro método contraceptivo por cerca de 60 a 90 dias, até a realização do espermograma que confirma a esterilização. A mudança na legislação reforça o direito ao planejamento familiar, permitindo que mais homens possam tomar essa decisão de forma consciente e segura. Com informações da Tribuna do Norte.
