
“O caminho é aberto com os meios de comunicação. Deve-se impedir que este chegue a tal posto. Então o desqualificam e metem sobre ele a suspeita de um delito. E fazem todo uma denúncia criminal, uma denúncia enorme, onde não se encontram [provas]. Mas para condená-lo basta mostrar o tamanho da denúncia. Onde está o delito? Aqui? Sim, parece que sim. Assim foi condenado Lula”, disse à época.
Na mesma entrevista ele disse que Dilma Rousseff sofreu o impeachment mesmo sendo inocente.
“O que aconteceu com Dilma? Uma mulher de mãos limpas, mulher excelente”, disse Francisco.
O último encontro de Lula com o papa aconteceu em junho de 2024, durante a cúpula do G7, na Itália. Dois meses antes, Francisco recebeu, no Vaticano, a ex-presidente Dilma Rousseff, que atualmente é líder do Novo Banco de Desenvolvimento, conhecido como Banco Brics.
Apesar de não ter citado diretamente nenhum nome, em 2022 o papa fez uma declaração polêmica envolvendo o Brasil. Na época, o país passava pelas eleições presidenciais.
“Peço a Nossa Senhora Aparecida que proteja e cuide do povo brasileiro, que o livre do ódio, da intolerância e da violência”, disse o pontífice. Apoiadores de Bolsonaro chegaram a expressar abertamente descontentamento com o posicionamento de Francisco e a acusar o líder religioso de defender Lula.
Bolsonaro e o papa nunca se encontraram presencialmente, apesar de, em 2021, o ex-presidente brasileiro ter estado em Roma para a cúpula do G20.
Nesta segunda, do hospital onde está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em Brasília, Bolsonaro postou uma mensagem para o papa.
“O mundo e os católicos se despedem daquele que ocupava uma das figuras mais simbólicas da fé cristã: o Papa. Mais que um líder religioso, o papado representa a continuidade de uma tradição milenar, guardiã de valores espirituais que moldaram civilizações”, disse Bolsonaro.
Metrópoles