Concessionários Peugeot-Citroën ameaçam ir à Justiça contra 'carros ruins'

05 de Maio 2023 - 06h15
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As associações de concessionários da Peugeot e da Citroën do Brasil notificaram o grupo Stellantis, que controla as marcas no país, alegando falta de qualidade dos veículos. No documento do último dia 2 de maio, as instituições ameaçam levar a situação à Justiça caso suas solicitações não sejam atendidas.

Segundo a Abracop e Abracit, associações de Peugeot e Citroën, respectivamente, afirmam na notificação extrajudicial, os problemas já foram relatados às marcas de forma presencial e/ou escrita, mas continuam "afastando das lojas os tão desejados clientes". As principais críticas são à falta recorrente de peças e problemas de qualidade dos veículos, sem especificar quais seriam os defeitos.

A Stellantis "afirma que detém os mais rígidos testes de qualidade, alinhados com as melhores práticas globais e que inconvenientes pontuais de abastecimento de peças são tratados e corrigidos com a maior velocidade possível".

Os concessionários alegam que a situação os levou a não terem condições de atender seus clientes de forma plenamente satisfatória, o que vem impactando nos recebimentos dos bônus atrelados às pesquisas de qualidade realizadas pelas marcas.

Em um dos trechos, reclamam também que o lançamento do Citroën C3 foi adiado por vários meses e que o veículo é alvo de diversas campanhas para correção de problemas. 

As associações também questionam a Peugeot e a Citroën sobre a falta de resposta em canais de comunicação com o consumidor, como o portal "Reclame Aqui" e até mesmo perfis nas redes sociais. Eles apontam que, em post da Citroën no Instagram comemorando a escolha do C3 como melhor carro urbano do mundo pela World Car Awards, há diversos comentários de clientes insatisfeitos.

Os concessionários pedem às montadoras que os problemas de falta de peças e qualidade sejam resolvidos em caráter de urgência. Além disso, querem que as marcas assumam responsabilidade pelas falhas e/ou defeitos de fabricação observados nos veículos e a responsabilidade civil, criminal e pecuniária em todas as ações de consumidores em que as concessionárias figurarem no polo passivo.

Também pedem que as marcas se abstenham de notificar as concessionárias alegando que infringiram o contrato de concessão firmado, sob o pretexto de má gestão, falta de qualidade na prestação de serviços, não atingimento de índices nas pesquisas de qualidade, entre outros, quando os problemas forem decorrentes da falta de qualidade dos veículos, falta de componentes para reparos, demora na solução dos diagnósticos e carro reserva.

Com informações de UOL

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