Dívida milionária dispara, e Ana Hickmann pode perder apartamento

17 de Novembro 2023 - 06h07
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Suposto motivo da discussão que resultou na agressão que Ana Hickmann sofreu do marido, no último sábado (11), as dívidas da apresentadora explodiram neste ano. Levantamento exclusivo do Notícias da TV revela que Ana e suas empresas se tornaram, no curto intervalo de sete meses, alvos de 15 ações de cobrança judicial, que totalizam R$ 9,5 milhões e indicam uma grave crise de liquidez (falta de dinheiro) e de crédito. Se não pagar, a apresentadora corre o risco de perder dois apartamentos e cinco carros.

A maioria das ações é contra a principal empresa da apresentadora, a Hickmann Serviços Ltda - Hserv, mas Ana e seu marido e sócio, Alexandre Correa, também estão sendo processados e figuram como fiadores de empréstimos milionários. Os cobradores são instituições financeiras, governos e fornecedores. 

Em um dos dois processos movidos contra a apresentadora, em que reivindica R$ 1.583.758,40 por empréstimos, o Banco Safra afirma que no final de outubro havia apurado a existência de 46 processos cobrando R$ 14.599.911,90 da apresentadora e seu marido, que administra seus negócios. No documento, no entanto, há uma lista de apenas 12 processos. 

A análise dos processos sugere que a família Hickmann está em crise financeira desde a pandemia, embora só tenha tido problemas com a Justiça a partir de abril deste ano, quando a Prefeitura de São Paulo foi à Justiça pelos R$ 23.599 do IPTU de 2022 de um apartamento do casal em Perdizes (zona oeste).

Em fevereiro de 2021, no auge da crise sanitária do coronavírus, a Hickmann Serviços deixou de pagar PIS e Cofins.

Em 8 de julho deste ano, a PGFN (Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional) ingressou com ação pedindo R$ 207.877,85 pelo PIS e Cofins de 2021. Em outubro, a Justiça determinou o levantamento de bens para garantir o pagamento da dívida.

Na semana passada, a PGFN voltou a acionar a Hickmann Serviços. Desta vez, exige R$ 1.093.355,79 pelo IRPJ e CSLL devido de outubro de 2021 a abril de 2023. Também ingressou com uma terceira ação, cobrando R$ 377.585,72 de PIS e Cofins de 2022.

O Banco do Brasil saiu em socorro a Ana Hickmann em setembro do ano passado. Foram dois empréstimos. Um de R$ 1.114.669,51 para a própria apresentadora, em generosas 120 parcelas (10 anos). O outro, de R$ 1.245.466,81, foi para a Hickmann Serviços, com 96 meses (8 anos) para pagar.

Em março deste ano, tanto Ana quanto sua empresa deixaram de pagar as parcelas mensais. Após "tentativas frustradas de receber o crédito", o banco ingressou com duas ações, reivindicando R$ 2.517.894,78, que seriam a dívida original atualizada em julho, e levantamento de bens para penhora. Ainda não há decisões.

No mês em que ficou inadimplente com o Banco do Brasil, ainda com os nomes limpos, Ana e Alexandre Correa conseguiram outro empréstimo vultoso, desta vez do banco/cooperativa de crédito Sicredi: R$ 2.168.902,45 em 72 parcelas de R$ 56.209,97, com carência até junho.

Mas nada foi pago, e a Sicred trava uma guerra judicial contra o casal desde 22 de setembro. Já pediu a inclusão dos dois em cadastro de devedores, o bloqueio de contas bancárias deles e das empresas e o arresto de bens particulares.

O apartamento de Perdizes também corre risco em outra ação. O condomínio cobra R$ 41.978,43 por falta de pagamento, desde abril de 2023, de taxa condominial, água e gás --além de uma multa por atirar objetos em área comum. Condomínio atrasado pode levar ao leilão do imóvel para pagamento da dívida.

Além de bancos, Ana e seu marido buscaram empréstimos em empresas que operam com recebíveis, quer dizer, emprestam dinheiro de vendas já negociadas, mas que só serão recebidas no futuro.

Uma dessas empresas, a Nova Aliança Securitizadora de Recebíveis Empresariais, deu crédito a Ana Hickmann tendo como garantia um contrato de licenciamento da marca da apresentadora para uma empresa que produz produtos para cabelos (xampu, condicionador), creme para varizes, desodorante e perfume. Por contrato, Ana recebe atualmente pelo menos R$ 45 mil dessa empresa, a Distriforte.

Na Justiça, a Nova Aliança pediu o bloqueio desse dinheiro, mas não obteve êxito. Em agosto, Ana fez um acordo para interromper a execução da dívida, então de R$ 821.530,66, em 11 parcelas. A segunda, que venceu em outubro, foi paga com atraso.

Não foi o único acordo com credores até agora. Para desembaraçar um empréstimo do Banco Original, a apresentadora negociou duas vezes. O primeiro, em janeiro deste ano, parcelou em 24 meses a quantia de R$ 400.571,72, mas não pagou nenhuma prestação. Em junho, fez novo acerto, confessando uma dívida de R$ 512.955,81 a ser liquidada em 11 vezes.

Ana e seu marido também fizeram acordo para evitar serem despejados do galpão em que fica suas empresas, na rua Coriolano, Vila Romana (zona oeste de SP). Deviam aluguel (R$ 17 mil mensais) desde maio e IPTU de 2022 de 2023. Em setembro, parcelaram dívida de R$ 107.332,17 em seis vezes.

A apresentadora vem tendo dificuldade até para pagar pequenos fornecedores. Uma de suas empresas, a Hickmann Comércio e Confecções Ltda, está sendo processada pela companhia que alugou seu PABX porque deixou de pagar, em março, parcelas mensais de R$ 1.127,87.

Com informações de Notícias da TV