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A entidade União Brasileira de Mulheres (UBM) acionou o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) contra o jogador de futebol Dudu, ídolo histórico do Palmeiras e atualmente no Cruzeiro, após ele ter xingado a presidente do clube alviverde, Leila Pereira.
A entidade diz que o atleta foi misógino. A assessoria do jogador diz que ele não se manifestará sobre o caso.
Os dois trocaram farpas na semana passada. Durante um evento, a dirigente disse que o atacante deixou o clube "pela porta dos fundos". Dudu rebateu a fala nas redes sociais, compartilhando uma foto ao lado das taças que ganhou pelo Palmeiras com a legenda: "O caminhão estava pesado, e mandaram eu sair pela porta dos fundos!".
"Minha história foi gigante e sincera, diferente da sua sra @leilapereira. Me esquece. VTNC [vai tomar no c…]", escreveu ainda.
A UBM pede que seja instaurado inquérito para apurar a responsabilidade do jogador pelas "declarações de caráter misógino". A entidade ressalta que "mulheres que ocupam espaços de poder, como ocorre no presente caso, são submetidas a diversos tipos de violência em quantidade desproporcional em relação aos homens" e que é necessário punir todos os casos do tipo.
A peça é assinada pelos advogados Carlos Nicodemos, Lucas Arnoud e Maria Fernanda Fernandes.
Após as declarações de Dudu, Leila anunciou que iria processá-lo nas esferas cível e criminal. "Até acredito que esse tipo de atitude contra a minha pessoa foi porque eu sou uma mulher. As pessoas vão dizer que estou exagerando, mas não estou exagerando", afirmou.
O atacante saiu do Palmeiras com 88 gols marcados, 462 partidas disputadas e 12 troféus erguidos. Ao longo de dez anos, a relação teve apenas um hiato, entre 2020 e 2021, quando ele foi emprestado ao Al Duhail, do Qatar.
Com informações de Folha de São Paulo
