
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta terça-feira (22) que não deseja ter que fazer uma opção entre os Estados Unidos ou a China na guerra comercial que tem se desenvolvido no mundo a partir do tarifaço imposto pelo presidente norte-americano, Donald Trump (republicano). O petista disse querer ampliar as relações com todos os países, em especial, os da América Latina.
“Eu não quero Guerra Fria e não quero fazer opção entre os Estados Unidos ou a China. Quero ter relações com os Estados Unidos e com a China. Não quero ter preferência sobre um ou outro. Quem tem que ter preferência são os meus empresários, os seus empresários. Mas eu não. Quero negociar com todo mundo, vender e comprar. Fazer parcerias”, disse Lula em declaração a jornalistas ao lado do presidente do Chile, Gabriel Boric (Frente Ampla, esquerda), no Palácio do Planalto, em Brasília.
Durante seu discurso, Lula repetiu por diversas vezes a necessidade de maior integração do continente como proteção às intervenções das grandes potências econômicas no comércio mundial.
“Por isso que eu sou um cidadão obcecado pela integração. Isolados somos muito fracos. Não nascemos para vivermos mais 500 anos como país pobre […] Na hora que você tem um presidente da República de um país importante como os Estados Unidos que resolve estabelecer a discussão favorável à política protecionista contrária a tudo o que foi falado para nós desde os anos 1980, a globalização, o livre comércio, e de repente nada disso vale e o que vale é o protecionismo”, afirmou.
O porta-voz do Ministério do Comércio da China disse nesta 2ª feira (21.abr.2025) que o governo do país vai retaliar países que cheguem a acordos comerciais com os Estados Unidos “às custas dos interesses chineses”.
A declaração se deu em resposta a um jornalista que perguntou como a China reagiria se a Casa Branca pressionasse outros países a retirar investimentos do país para assegurar tarifas mais baixas. Recentemente, diversos líderes globais têm se reunido com Trump para discutir as medidas fiscais impostas pelo norte-americano no início de abril.
Poder 360