Rombo fiscal vai a R$ 280,2 bi, mesmo com aumento de receita

29 de Junho 2024 - 08h12
Créditos: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O deficit primário –que exclui o pagamento de juros da dívida– subiu para R$ 280,2 bilhões no acumulado de 12 meses. O saldo negativo é o mais alto desde julho de 2021, quando totalizou R$ 305,5 bilhões. O BC (Banco Central) divulgou o relatório de estatísticas fiscais nesta 6ª feira (28.jun.2024). 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defende que os superavits registrado nas contas públicas em 2022 foram um “calote” do governo Jair Bolsonaro (PL). Na 4ª feira (26.jun.2024), disse que “antigamente” pedalada era crime.

O setor público consolidado –formado por União, Estados, municípios e estatais– registrou deficit primário de R$ 1,062 trilhão no acumulado de 12 meses até maio. Esse foi o maior saldo negativo da série histórica, iniciada em 2002. Mesmo excluindo o pagamento de juros da dívida, o rombo nas contas públicas está em alta e no maior valor desde junho de 2021.

O deficit aumentou em maio no governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mesmo com a arrecadação de R$ 203 bilhões no mês, que bateu recorde para o mês na série histórica, iniciada em 1995.

O deficit nominal corresponde a 9,57% do PIB (Produto Interno Bruto). Havia registrado saldo negativo de R$ 1,043 trilhão em abril. Um dos motivos para a alta é o pagamento de juros da dívida, que somou R$ 781,6 bilhões no acumulado de 12 meses até maio. Esse é o maior valor da série histórica.

O maior pagamento de juros da dívida é, em parte, explicado pelo patamar contracionista da taxa básica, a Selic, nos últimos anos. Atualmente, o juro base está em 10,5% ao ano.

Com informações do Poder360