Sem aviso de alta, EUA divulgam documento com tarifa de 245% para China

16 de Abril 2025 - 10h20
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O site oficial da Casa Branca, dos Estados Unidos, afirmou, nesta terça-feira (15), que a China agora encara tarifas de até 245% como resultado das "ações retaliatórias" do país asiático.

A informação consta em um documento divulgado pelo governo americano, mas não explica como os EUA chegaram ao cálculo dessa taxa que será aplicada sobre os produtos chineses.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Lin Jian, respondeu ao questionamento de jornalistas locais sobre as tarifas de 245% afirmando que "podem perguntar ao lado americano o valor específico das tarifas" e que a China deve manter sua posição, segundo o jornal estatal chinês Global Times.

No documento, a Casa Branca detalha as principais decisões da política econômica e comercial do presidente Donald Trump e classifica as tarifas como uma forma de "nivelar o campo de atuação e proteger a segurança nacional dos EUA".

Em 2 de abril, no que Trump chamou de "Liberation Day" (ou "Dia da Libertação"), o governo americano impôs uma tarifa de 10% sobre mais de 180 países, além de individualizar tarifas recíprocas para os países com os quais os EUA têm os maiores déficits comerciais. As taxas chegaram a até 50%.

Desde então, segundo a Casa Branca, mais de 75 países já procuraram os EUA para discutir novos acordos comerciais e reduzir as tarifas.

Para dar mais tempo para as negociações andarem, Trump anunciou uma "pausa" nas tarifas recíprocas individualizadas em 9 de abril, mantendo apenas as taxas de 10% sobre todos os países por 90 dias.

A exceção foi a China, que não procurou os EUA para negociar e retaliou, aumentando também as alíquotas das tarifas cobradas sobre as importações americanas.

Com informações de g1