
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a farmacêutica Pfizer têm reunião marcada para amanhã (30), em Brasília, para tentar avançar nas discussões acerca do registro da vacina contra covid-19 da empresa no Brasil. O encontro se dará em um momento aumenta a tensão entre a Pfizer, o governo brasileiro e a a Anvisa.
A farmacêutica acusa a agência de fazer uma série de exigências que impedem que seu imunizante seja entregue no país em curto prazo. Por outro lado, as autoridades brasileiras, acham que a Pfizer não tem vacina para ofertar ao Brasil no curto prazo e, por isso, acusa empecilhos da burocracia brasileira.
Ontem, o presidente Jair Bolsonaro criticou a Pfizer e jogou para Anvisa a resolução do registro da vacina, levando a Pfizer divulgar uma nota sugerindo que, devido às exigências da Anvisa, deverá entregar no Brasil somente a vacina definitiva, que deve levar mais tempo.
A agência, no entando, afirmou, também em nota, que não fez nenhuma exigência, apenas deu orientações que não são impeditivas para que a Pfizem faça registro da vacina emergencial.
Ambos os lados afirmam que a reunião já estava marcada antes das declarações de Bolsonaro, mas ainda há a percepção de que o ocorrido muda o ambiente para o encontro.
Há também um crescente desconforto entre as autoridades brasileiras. Para membros do Ministério da Saúde, a Anvisa é lenta na análise dos imunizantes. Já a agência se incomoda com a pressão que recebe do Planalto e do Ministério da Saúde, apontando, nos bastidores, que a pasta é a culpada, pois rejeitou a Pfizer desde o começo por considerar que sua vacina era de difícil distribuição devido à necessidsde de ser mantida sob temperaturas muito baixas.
Fonte: CNN