
Após repercussão negativa, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) desautorizou nesta quinta-feira (31) declaração do seu filho Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) de que caso a esquerda radicalize, uma resposta pode ser um novo AI-5.
Na saída do Palácio do Alvorada, ele afirmou que qualquer um que fale em AI-5 neste momento no país "está sonhando" e pediu que o posicionamento seja cobrado não dele, mas de seu filho.
"Quem quer que seja que fale em AI-5 está sonhando. Está sonhando, está sonhando. Não quero nem ver notícia nesse sentido aí", disse o presidente. "Cobrem dele", afirmou Bolsonaro, referindo-se ao filho.
O presidente pediu para esquecer a possibilidade de reedição da medida da ditadura militar (1964-1985).
"O AI-5 existia no passado, existia em outra Constituição. Não existe mais. Esquece", afirmou. "Eu lamento se ele falou isso que eu não estou sabendo. Eu lamento."
Com informações da Folha.
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