Ciro faz aceno a Simone Tebet como vice: “Ela é diferente. Não é viúva do bolsonarismo”

12 de Maio 2022 - 13h20
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O pré-candidato do PDT ao Planalto, Ciro Gomes, acenou com a possibilidade de ter a senadora Simone Tebet (MS), pré-candidata do MDB, como vice em sua chapa na disputa de 2022. Para o ex-ministro, Tebet é uma pessoa “diferente” e está sendo “traída pelo próprio partido”.

“Eu tenho uma pessoa dessas aí (da terceira via) que eu respeito muito. Ela é diferente. Ela não é uma viúva do bolsonarismo igual o (João) Doria. Ela é uma pessoa que acho que vai ter um papel importante, que é a Simone Tebet”, disse Ciro em entrevista à Rádio Bandeirantes, ao ser questionado sobre qual pré-candidato da terceira via ele aceitaria ter na chapa.

“Simone Tebet está sendo traída pelo próprio partido porque o Lula está corrompendo. Já está acertado com Eunício Oliveira e o Renan Calheiros, os mesmos do esquema do escândalo do Petrolão”, emendou o pedetista, numa referência às articulações do senador Renan Calheiros (AL) e do ex-senador Eunício Oliveira, do MDB, em torno da pré-candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Nesta quarta-feira (11), os presidentes dos partidos da terceira via – PSDB, MDB e Cidadania – deram demonstração de sobrevida ao projeto de candidato único, ao informarem que o nome de consenso será definido a partir da análise conjunta de pesquisas quantitativas e qualitativas encomendadas pelas legendas. Hoje são considerados pré-candidatos do grupo ao Planalto: Simone Tebet e o ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB).

Ciro voltou a afirmar que se manterá na disputa até o fim. “O sistema me quer ver expelido. Ele não quer nem que eu tenha direito de falar. Exigem todo dia que eu tire a minha candidatura”, disse. Ontem, em rede social, o ex-ministro argumentou que, sem sua candidatura, a polarização aumentaria no momento em que Lula “estagnou” e Bolsonaro se sustenta nas pesquisas de intenção de votos para a Presidência.

Para o pré-candidato do PDT, tanto Lula quanto Bolsonaro vivem em uma estrutura de mutualismo, já que os dois políticos se “protegem” e se beneficiam da polarização. “O sistemão ganhou o Lula, então Lula e Bolsonaro estão protegendo o outro porque os dois garantem o mesmo tipo de modelo econômico e a mesma governança politica”, afirmou.

Com informações da 98 FM