Congresso vê CPI sobre Moro como provável; Bolsonaro se afasta

10 de Junho 2019 - 11h02
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De acordo com informações divulgadas pela Folha de S. Paulo no iníio da tarde de hoje, a cúpula do Congresso Nacional já vislumbra como muito provável uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o caso do vazamento de conversas atribuídas a Sergio Moro e a Deltan Dallagnol . Já o presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), por está tentando se afastar ao máximo do caso envolvendo o então juiz e hoje ministro da Justiça de seu governo.

Os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) e do STF (Supremo Tribunal Federal), Dias Toffoli, se reuniram na manhã de hoje  para discutir o cenário, que obviamente pode mudar ao longo das próximas horas e dias.

Segundo a Folha ouviu do círculo do presidente, a ordem é se afastar de atos pregressos de Moro. Assim, o ministro tende a ser jogado às feras no Congresso, onde tem poucos amigos para sua agenda moralizante e antiestablishment.

Neste primeiro momento, partidos de centro e centro-direita não estão à frente dos movimentos para a CPI, por temer a associação negativa com uma agenda pró-corrupção.

Desse modo, a iniciativa foi deixada para partidos de esquerda, como PSOL e, principalmente, o PT que viu no caso uma oportunidade de reavivar seu slogan pela liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por improvável que isso seja juridicamente na esteira das mensagens.

Com informações da Folha de S. Paulo.

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