Delator de Aécio e Lobão é encontrado morto; polícia vê ‘causa indeterminada’

18 de Setembro 2019 - 11h47
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A Polícia do Rio investiga a morte do ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura Henrique Serrano do Prado Valladares, delator da Operação Lava Jato que revelou supostas propinas para o deputado Aécio Neves (PSDB/MG) e para o ex-senador Edison Lobão (MDB/MA), ex-ministro dos Governos Lula e Dilma. O registro oficial da 14.ª Delegacia, no Leblon, aponta ‘causa indeterminada’. O corpo foi encontrado nesta terça, 17, no apartamento onde o delator morava. A polícia abriu uma guia de remoção para que os Bombeiros levassem o corpo ao Instituto Médico Legal.

As primeiras investigações indicam que não havia sinais de arrombamento no apartamento, nem evidências de luta. O corpo já foi necropsiado e liberado para a família.

Valladares foi apontado por outros delatores da empreiteira como um dos negociantes de R$ 30 milhões de propina para Aécio atuar a favor dos Projetos do Rio Madeira (Usinas Hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, em Rondônia) e, assim, atender interesses da empreiteira e também da Andrade Gutierrez.

Valladares contou que a empreiteira pagava prestações de R$ 1 milhão a R$ 2 milhões, repassados pelo Setor de Operações Estruturadas, o departamento de propinas do grupo, para ‘Mineirinho’, codinome atribuído a Aécio.

Com informações do Estadão.