Depois de fala que gerou crise diplomática, Lula volta a dizer que governo de Israel faz genocídio

24 de Fevereiro 2024 - 07h19
Créditos: Reprodução Youtu

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou nesta sexta-feira (23) que a ação do Exército de Israel na Faixa de Gaza é um "genocídio" e voltou a defender a criação de um Estado Palestino. “Sou favorável à criação do estado palestino livre e soberano. Que possa esse estado palestino viver em harmonia com Israel. O que o governo de Israel está fazendo não é guerra, é genocídio porque está matando mulheres e crianças”, defendeu.

A fala ocorreu durante a participação do presidente no lançamento da Seleção Petrobras Cultural – Novos Eixos, destinado ao patrocínio de projetos na área de cultura. O evento aconteceu no Rio de Janeiro.

O presidente também recomendou que ninguém tentasse interpretar sua declaração do último domingo (18) — em que comparou o governo de Israel ao Holocausto nazista e a Hitler — e pediu para que todos a lessem a entrevista "ao invés de ficar me julgando pelo que disse o primeiro-ministro de Israel”.

E prosseguiu: "São milhares de crianças mortas, milhares desaparecidas. Não estão morrendo soldados, estão morrendo mulheres e crianças. Se isso não é genocídio, não sei o que é genocídio", afirmou. 

Em seguida, Lula defendeu a necessidade de reforma no Conselho de Segurança das Nações Unidas, criticando eficácia do grupo ao afirmar que o conselho "não decide nada, não contribui para a paz em nada". Ele ainda apontou que a lógica da ONU não segue "princípios democráticos".

O presidente já havia críticas ao Conselho de Segurança da ONU em outras ocasiões, argumentando que as regras são ultrapassadas. Lula voltou a ressaltar que as tentativas de encerrar conflitos são frequentemente frustradas devido ao direito de veto. 

Fonte: R7