Desvendando a sinusite: veja causas, tratamentos e estratégias de prevenção

25 de Abril 2024 - 13h17
Créditos: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Dor de cabeça intensa, obstrução nasal, secreção amarelada ou verde, tosse e cansaço. Esses são os sinais típicos de quem sofre de gripe ou resfriado. Mas, se não passar de três a cinco dias, pode ser sinusite.

A doença afeta uma em cada oito pessoas em todo o mundo e é a quinta causa mais frequente do consumo de antibióticos, segundo dados da AAO-HNSF (Academia Americana de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço).

Quando é aguda ou crônica

A doença pode se manifestar de forma aguda (aparece de repente e tem curta duração) ou crônica (se prolonga por mais de 3 meses).

Aguda: alergia respiratória alta (afeta as vias áreas superiores); infecção é causada por vírus, especialmente o Rinovírus ou Influenza, bactérias, a mais comum é a pneumococo Hemophilus influenzae, ou fungos, o mais comum é o Aspergillus.
Crônica: é causada por fatores variados, como exposição a poluentes, inalantes químicos, tabagismo, asma, alergia.
Quando crônica, também pode ser afetada por fatores anatômicos e sistêmicos:

Anatômicos: desvio do septo nasal, estreitamento da cavidade nasal e drenagem dos seios paranasais.
Sistêmicos: alergias, redução da imunidade, doenças que alterem o sistema de limpeza natural das secreções dos seios paranasais.
Quem são as maiores vítimas
Qualquer pessoa pode ter sinusite, mas quem têm alergia respiratória, fumantes e quem está mais exposto a gases tóxicos e poeira em excesso são mais sucetíveis.

Quando procurar um profissional
Se os sintomas persistirem por mais de cinco dias, procure ajuda médica.

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O otorrinolaringologista é o especialista mais indicado para avaliar e tratar a doença, mas, em especial, identificar em quais casos a resolução para o problema deve ser cirúrgica.

Adiar a consulta e tentar automedicar-se pode dificultar o tratamento e ainda desencadear graves consequências.

Diagnóstico da doença
Para um diagnótico, o médico faz um exame físico e uma avaliação clínica.

A nasofibroscopia pode ajudar a identificar se há ou não secreção no nariz, vinda dos seios da face, ou se há alguma alteração anatômica que favoreça a instalação ou a perpetuação do processo inflamatório.

Quando sinusite é recorrente ou quando há complicações, o especialista poderá indicar uma tomografia computadorizada dos seios da face ou ressonância magnética.

Como curar e qual medicação

O tratamento depende da causa e do tipo da sinusite, mas a lavagem nasal diária é essencial e considerada de primeira linha.

Quando for alérgica, o médico pode receitar antialérgicos nasais e sistêmicos.

Nos casos virais, ele pode sugerir uso de anti-inflamatório, soro nasal, fluidificantes, aumento da ingestão de líquidos e repouso.

Agora quando a sinusite é bacteriana, a solução é o antibiótico, associado a alguns dos medicamentos acima descritos.

Quando se trata de sinusite crônica ou fúngica, é comum que o tratamento seja associado a procedimentos cirúrgicos.

O objetivo é melhorar a drenagem dos seios da face, sua limpeza ou permitir a coleta de material para cultura.

Caso o paciente não responda ao tratamento clínico, o que é referido pelos médicos como paciente refratário, a intervenção cirúrgica também pode ser útil.

Dá para prevenir?

Assim como a gripe ou o resfriado, nem sempre é possível evitar, mas algumas medidas podem reduzir o número de crises, a gravidade e ainda evitar que ela se torne crônica.

Uma boa higiene nasal por meio do uso de soro fisiológico e a vacinação contra a gripe, especialmente se você integra algum grupo de risco, são dicas que podem ajudar a previnir a sinusite. Outra dica é evitar o contato com inalantes irritantes como substâncias químicas, poluição e tabaco.

Com informações do UOL