Dia Mundial do Câncer: profissional de Educação Física conta como superou doença com ajuda de exercícios

01 de Fevereiro 2022 - 11h27
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O Dia Mundial de Combate ao Câncer, 4 de fevereiro, é uma data que tem o objetivo de conscientizar a população sobre a doença e incentivar a prevenção e o diagnóstico precoce.

A profissional de Educação Física Carol Ibrahim, 31, comprova, com sua história, a importância de uma rotina saudável, sem sedentarismo, para quem está em tratamento.  

Diagnosticada em abril do ano passado com um tipo raro e agressivo de câncer, o Sarcoma de Ewing, respondeu tão bem ao tratamento, que foi liberada pelo médico antes do tempo previsto.

"Este tumor em geral acomete crianças e adolescentes, mas eu tive aos 30 anos", conta Carol, que é professora da academia Pulse. "Normalmente, se aloja em ossos longos e grandes como o fêmur, porém no meu caso apareceu em uma vértebra da coluna lombar".

O tratamento, de acordo com a profissional, é tão agressivo quanto a doença e dura, geralmente, de 10 meses a um ano (ou mais). Ela fez radioterapia, não chegou a realizar nem metade das sessões de quimioterapia previstas e entrou em remissão com seis meses. 

"Hoje estou sem a doença no meu corpo, seguindo com os acompanhamentos de rotina", celebra a professora. "Sem sombra de dúvidas, o fato de ser ativa desde antes do câncer e continuar, dentro do possível, no tratamento foi crucial para o meu processo ser breve e ameno". 

A nutricionista que a acompanhou explicou que o fato de Carol ser ativa fisicamente e ter um percentual alto de massa muscular contribuíram muito para que os efeitos das medicações fossem mínimos no organismo. 

"Tenho certeza que o estilo de vida saudável que eu já levava há pelo menos 10 anos fez total diferença na minha jornada", relata Carol. "Os médicos me elogiavam, e os amigos próximos diziam que só dava para saber que eu tive câncer porque fiquei careca", brinca.

Durante o tratamento, Carol fez meditação, aulas de yoga, muay thai, treinamento funcional e musculação. "Quando estava mais indisposta, respeitava o meu corpo e fazia apenas alongamentos ou dança", lembra.

Preparando-se para voltar a dar aulas nos próximos dias, Carol dá um conselho importante: a prevenção continua sendo o melhor remédio. "Comece agora a ter uma qualidade de vida melhor, mude seus hábitos, sua rotina, seu jeito de ver e viver a vida, sem esperar o problema chegar ou se instalar", diz.

"Eu sei que às vezes o trabalho não ajuda, a rotina é puxada com filhos e afazeres domésticos, mas é preciso se pôr em primeiro lugar, porque um dia poderá não ter condições de cuidar do próximo", afirma.