Erros em currículo adiam posse e ameaçam permanência de novo ministro no MEC

29 de Junho 2020 - 14h57
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As revelações de que o novo ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli, incluiu informações equivocadas em seu currículo geraram incertezas sobre a permanência dele à frente do MEC (Ministério da Educação).

A nomeação de Decotelli foi publicada em edição extra do Diário Oficial na quinta-feira (25), após anúncio feito pelo presidente Jair Bolsonaro. O governo planejava uma solenidade de posse nesta terça-feira (30), mas a realização do evento não estava confirmada até o fim da manhã desta segunda (29).

Aliados de Bolsonaro relataram que o mais provável é que a cerimônia ocorra só na semana que vem, após um pente-fino no currículo do novo ministro.

Segundo relatos feitos à Folha, Bolsonaro ficou incomodado com a repercussão negativa dos erros no currículo de Decotelli e de acusações de plágio. O mandatário se queixou de que não houve a repercussão positiva esperada com a nomeação de um nome técnico e que, nas redes sociais, o tema se converteu em novo flanco de desgaste.

Decotteli foi escolhido para suceder Abraham Weintraub, que deixou o cargo após uma série de polêmicas com o STF (Supremo Tribunal Federal).

A nova análise no currículo do ministro, ordenada por Bolsonaro. serve para apurar se há mais inconsistências, mas integrantes do governo que acompanham o tema dizem que o presidente não desistiu de confirmá-lo no cargo.

Com informações da Folha