
Na manhã deste sábado (19), a Suprema Corte dos Estados Unidos, de forma temporária, barrou a deportação de venezuelanos imigrantes sujeitos à Lei de Inimigos Estrangeiros, de 1798, que permite monitorar, prender e deportar cidadãos de “países inimigos” de forma rápida e sem precisar seguir o devido processo legal das cortes migratórias.
“O governo está instruído a não remover nenhum membro da suposta classe de detidos dos Estados Unidos até nova ordem deste tribunal”, disseram os juízes nesta manhã.
A decisão ocorre depois que, na sexta-feira (18), advogados da União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU) alertaram que dezenas de venezuelanos detidos no centro de detenção Bluebonnet, do Departamento de Imigração e Alfândega (ICE), no Texas, foram classificados como membros da gangue Tren de Aragua.
No processo judicial, os advogados dizem que os clientes receberam um documento de autoridades de imigração, intitulado “Notificação e Mandado de Apreensão e Remoção sob a Lei de Inimigos Estrangeiros”, que dizia, segundo o The Guardian: “Você foi determinado como um inimigo estrangeiro sujeito à apreensão, restrição e remoção dos Estados Unidos”.
Os advogados envolvidos no caso, então, entraram com um recurso de emergência na Suprema Corte alegando que os venezuelanos corriam risco imediato de serem removidos do país e não haviam recebido aviso suficiente para contestar sua deportação.
A decisão deste sábado marca a segunda vez que o uso da autoridade por Trump chega à Suprema Corte do país e vai na contramão de determinação feita no último dia 7 de abril, quando o tribunal permitiu que o presidente usasse a lei do século 18 sob a condição de haver revisão judicial – o que não foi cumprido.
Com informações de Metrópoles