Garota de 16 anos processa estado de SC por doutrinação esquerdista em escola

01 de Março 2020 - 05h45
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Uma estudante de 16 anos e sua mãe estão processando o estado de Santa Catarina e pedindo reparação de danos à Justiça. Elas afirmam que foram vítimas de doutrinação esquerdista por uma professora da rede estadual de ensino e pedem R$ 50 mil de indenização para cada uma, totalizando R$ 100 mil.

Na ação judicial, ajuizada em 17 de janeiro, os advogados Miguel Nagib, fundador do movimento Escola Sem Partido, e Igor Costa Alves relatam que a estudante e a mãe tiveram vários prejuízos por conta do “comportamento antiprofissional, antiético e antijurídico” de uma professora de história da Escola Estadual de Educação Básica Doutora Nayá Gonzaga Sampaio, da cidade de Caçador.

Na ação são citados alguns episódios e narrativas denunciadas pela mãe da aluna, como:

  • Em um vídeo de 2018, a professora teria feito críticas ao presidente Jair Bolsonaro. No vídeo, uma voz feminina acusa Bolsonaro de incitar a violencio e propagar o ódio contra negros, índios e mulheres.
  • Em outro trecho do vídeo, a professora afirma que Bolsonaro “se baseava na Bíblia para dizer que mulher só servia para ser estuprada, espancada e para limpar chão”.
  • A professora ainda proferiu falas contra Geraldo Alckmin (PSDB), Marina Silva (REDE) e Aécio Neves (PSDB).
  • “Se apoiar um cara que diz que o estupro é legítimo, que o negro voltar pra senzala é legítimo”, teria dito a professora em outro trecho.
  • A professora ainda teria acusado policiais de negligência em casos de violência doméstica.

No processo, a família da estudante se identifica como cristã evangélica. Além disso, a mãe declarou que era de direita, conservadora e teria votado em Bolsonaro em 2018.

A mãe ainda acusa a professora de ser esquerdista e de tentar influenciar a opinião dos alunos. “Era para dar história, mas a professora deu uma aula mentirosa, partidária […], deu uma aula totalmente incitando o ódio, contra a Bíblia, contra cristão”, declara a mãe.

Em uma carta anexa ao processo, a aluna afirma outro acontecimento no qual a professora teria afirmado que pastores estariam roubando dinheiro das pessoas. “Me senti constrangida pelo fato de ser cristã, e meus colegas sabiam disso”, desabafou a jovem.

Segundo os advogados, a professora ainda teria humilhado a aluna ao contar para colegas de turma que a jovem estaria com herpes e, por isso, poderia contaminá-los.

No entanto, uma ação administrativa foi aberta contra a professora, porém, por falta de provas ela acabou sendo absolvida. Isso levou o Escola Sem Partido a apresentar uma ação no Ministério Público, acusando a professora de improbidade administrativa.

Segundo os advogados da família, a aluna mudou de escola após os episódios, mas nada adiantou. Mesmo na nova instituição, os professores “falam mal de Jesus, da Bíblia, e ela fica muito mal”, dizem os defensores. Porém, por conta do processo anterior que acabou com prejuízo à família, a filha não autoriza a mãe a reclamar do posicionamento na escola.

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