General diz que liderança e governabilidade são 'escassas' no Governo Fátima

09 de Abril 2020 - 13h32
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O General Araújo Lima, da reserva do Exército Brasileiro, rebateu o secretário de Saúde do RN, Cipriano Maia, que sugeriu ao Governo Federal, em entrevista coletiva durante essa semana, a decretação de quarentena pelo Governo Federal, inclusive mobilizando as Forças Armadas para fazer valer toque de recolher. O general afirmou que o Exército submete-se à autoridade do presidente da República e destina-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e da lei e da ordem.

O militar da reserva afirmou que o que falta nesse momento não é o Exército nas ruas, mas a confiança do povo nas ações da gestão estadual “fator essencial para o exercício da liderança e da governabilidade, atributos escassos nesse Governo”.

Confira a íntegra da nota:

 

Por General Araújo Lima:

Não satisfeito com o trabalho que já vem sendo realizado pelas Forças Armadas no Estado, que vem montando barracas (abrigos emergenciais) e promovendo a desinfecção de áreas de grande circulação como a rodoviária, o aeroporto e outras instalações essenciais, o nosso Secretário de Saúde do RN, agora, propõe o emprego desses militares na garantia da execução do Decreto estadual que estabelece as condições para o isolamento social no Estado, ou seja, um toque de recolher.

O Art. 142 da Constituição Federal é muito claro quando define a missão das Forças Armadas “sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem”. Nesse mister, cabe salientar que, além da autorização ser uma prerrogativa do Presidente da República, caberá ao Governo Estadual convencer a ele de que as Forças de Segurança Pública do Estado não têm competência para cumprir essa tarefa que é essencialmente sua.

O que falta neste momento, não é a presença das Forças Armadas, com poder de polícia para obrigar a população a se isolar, falta-lhes a confiança do povo, fator essencial para o exercício da liderança e da governabilidade, atributos escassos nesse Governo.

Falta ao povo potiguar a certeza de que, se isolando, terá seus direitos sociais protegidos pelo Governo do RN, entre eles o pagamento do seu sagrado salário de servidor e de outras promessas eleitorais nunca cumpridas.

Gostaria nesse momento crítico de saber, quando de fato irão assumir o Governo do Estado? Hoje à deriva e sempre tentando repassar as suas responsabilidades constitucionais ao Governo Federal e, mais grave do que isso, se apoderando dos projetos e recursos dele recebidos sem sequer fazer uma referência, como aconteceu recentemente com o auxílio emergencial, iludindo o seu povo que por falta ou excesso de informação continua sendo iludido.

A CONFIANÇA DO POVO É A BASE DA GOVERNABILIDADE