Governadora quer garantia de empregos em empresas de gás para população do RN

20 de Setembro 2019 - 03h39
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Empresas distribuidoras de gás de sete estados do Nordeste se reuniram nesta quinta-feira, 19, em Natal. O encontro contou com dirigentes das concessionárias de gás do Ceará (Cegás), Rio Grande do Norte (Potigás), Paraíba (Pbgás), Pernambuco (Copergás), Alagoas (Algás), Sergipe (Sergás) e Bahia (Bahiagás) que discutiram temas como o Novo Mercado de Gás no Brasil, desafios regulatórios e a política setorial de gás natural para o Nordeste. Também integrou a pauta o andamento da Chamada Pública para compra do suprimento, que irá possibilitar a competitividade do combustível.

Ao abrir o encontro, no salão de eventos do Hotel Barreira Roxa, a governadora Fátima Bezerra destacou a relevância das companhias estaduais de gás para o desenvolvimento da região Nordeste. “Estamos diante da abertura do novo mercado de gás, por isso a importância de fazermos essa discussão, não só do ponto de vista do Rio Grande do Norte, mas do ponto de vista da regional. O Rio Grande do Norte tem grande produção na área de gás e o que nós esperamos, e estamos lutando, é que o novo mercado traga redução de preços para o consumidor e que promova o desenvolvimento do nosso Estado e da região Nordeste com a geração de novos empregos”, afirmou.

Fátima Bezerra também colocou para os dirigentes das companhias de gás, dirigentes da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (ABEGÁS) que “é preciso conhecer e assegurar os compromissos das empresas que entrarão para o mercado de gás com o nosso povo”. Neste sentido ela ressaltou que estas empresas devem garantir a oferta de empregos, oportunidades de trabalho e o aproveitamento da mão de obra local. Outra preocupação externada pela governadora do RN foi em relação às compras de materiais e insumos no mercado local como forma de movimentar a economia e gerar arrecadação. “Assim como o petróleo, o gás também tem grande capilaridade na economia e é exatamente isso que pretendemos manter”, enfatizou.

A presidente da Potigás, Larissa Gentile explicou que o encontro avalia a mudança de cenário do gás que vem acontecendo e se faz necessário que estejamos juntos para tirar dúvidas, manter e ampliar o funcionamento do serviço. "Como os governadores estão fazendo com o Consórcio Nordeste, que busca soluções comuns para problemas e desafios comuns, agora queremos fazer com as concessionárias de gás", comparou Larissa.

Marcelo Weydt, coordenador da área de gás natural da ANP, elogiou a temática do encontro e a preocupação da governadora Fátima Bezerra ao colocar a importância do gás natural na agenda para o desenvolvimento do Estado, o que, segundo Marcelo, permite o crescimento e desenvolvimento da riqueza e do mercado industrial trazendo competitividade, como também é uma forma de fazer crescer o estado como um todo.

O diretor da ANP, Cesário Cecchi, disse que o encontro em Natal será replicado outras vezes e defendeu o “ajuste entre as regulações federal e estaduais, uma vez que a indústria de gás é uma rede com elos em cadeia. E se um elo falha, tanto a montante quanto a jusante, o processo não se conclui. Então, é necessário harmonia entre a regulação federal e a regulação dos estados.”

O senador Jean Paul Prates disse que não soube acerca da definição de compromisso em manter a malha de dutos de gás no Nordeste assim como da venda pela Petrobras. “Também não tive conhecimento sobre o compromisso para expansão. Não ouvi nada sobre isso. Portanto, é muito importante que o Nordeste esteja unido. Nossas personalidades são específicas, mas nossas distribuidoras têm uma história em comum, sócios, configurações e um modelo tripartite, formado pelo governo, Petrobras e empresa privada. E essa história em comum deve promover um futuro em comum diante dos desafios de negociações e novas descobertas.”

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