Guerra do tráfico: mãe morre com tiros de fuzil ao proteger o filho no RJ

27 de Agosto 2020 - 13h36
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Uma "guerra" entre traficantes pelo controle do Complexo de favelas do São Carlos, na Região Central do Rio, já dura mais de 24 horas. Criminosos de facções rivais estão em confronto desde quarta-feira (26) e novas ações dos traficantes seguiram durante a tarde desta quinta-feira (27).

Movimentos de criminosos indo para o conjunto de favelas começaram na tarde de quarta. À noite, um forte tiroteio pôde ser ouvido de várias partes do Rio Comprido e de bairros vizinhos. No início da tarde desta quinta, mais disparos voltaram a ocorrer, como mostraram a TV Globo e a GloboNews ao vivo.

Pelo menos quatro episódios estão, segundo a PM, ligados à invasão:

  1. o confronto a tiros na Lagoa, Zona Sul, com dezenas de disparos e granadas;
  2. a morte de Ana Cristina, atingida por tiros de fuzil, quando protegia o filho de um tiroteio;
  3. o sequestro de uma família em um condomínio por um bandido que fugia da polícia;
  4. um segundo sequestro de moradores numa vila da região.

O caso da mulher morta ao proteger o filho de tiros já está sendo investigado. Ana Cristina da Silva, de 25 anos, estava indo com o filho para o bar onde trabalhava, quando ficou no meio do tiroteio. No momento dos disparos, ela se curvou sobre o filho de 3 anos para protegê-lo e acabou sendo atingida por tiros de fuzil na cabeça e na barriga.

“A gente pensa que nunca vai acontecer com a gente, mas de uma hora pra outra você morre pra salvar a vida de um filho. Então, eu acho que não tem mensagem pra deixar, só tem indignação, só tem um pedido, né: Justiça pra ser feita. Foi apenas bandido contra bandido, parece que o Rio todo está tomado de bandidos. Isso que dá pra perceber”, lamentou Vânia Brito, cunhada de Ana Cristina.

Com informações do G1