Intermediários ficaram com R$ 12 milhões da compra de respiradores no Nordeste

11 de Junho 2020 - 04h51
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Após problemas para a aquisição de respiradores com origem chinesa, a empresária Cristiana Prestes Taddeo, CEO da HempCate, relatou que uma nova situação envolvendo o negócio surgiu após empresários terem criado um grupo no WhatsApp, onde "facilitadores" participariam do processo de compra dos aparelhos. Como não conseguiu comprar os equipamentos da China, ela afirma que recebeu o dinheiro através de Carlos Kerbes, sócio do irmão do secretário Bruno Dauster – cujo nome não foi mencionado no depoimento - que intermediava a compra no país asiático. 

Como a empresa chinesa não possuía certificado da Anvisa para os respiradores, a HempCare teria pago R$ 400 mil para Kerbes, intermediar o contato com a fornecedora asiática. Revelando então que os respiradores teriam problemas nas "válvulas pneumáticas", necessitando de reparos para a validação na Anvisa. 

Ela assegura que empresa da qual é sócia faz importação de medicamentos derivados da cannabis e teria repassado ao intermediador Fernando Galante cerca de R$ 9 milhões por ele ter sido a "ponte" com o Consórcio Nordeste, representado por Cleber Isac, que também teria recebido uma "comissão" de R$ 3 milhões. A empresária afirmou que emitiu uma nota como tendo sido prestado um serviço de "consultoria", apesar de afirmar que sabia que não seria esse o serviço.