
O Exército de Israel afirmou ter bombardeado mais de 80 alvos na capital iraniana, Teerã, neste domingo (15), incluindo a sede do Ministério da Defesa e instalações ligadas ao programa nuclear do país, como a SPND — organização apontada por Israel como responsável por pesquisas para armamentos nucleares.
O ataque marca o terceiro dia consecutivo de confrontos diretos entre os dois países, após mísseis iranianos atingirem prédios em Tel Aviv, em uma escalada sem precedentes no Oriente Médio. Israel justificou os bombardeios como resposta às ações iranianas e ameaça usar “ainda mais força” se os ataques continuarem.
O Irã, por sua vez, nega desenvolver armas nucleares e acusa os EUA de cumplicidade nos ataques. O chanceler iraniano, Abbas Araghchi, afirmou que, se os bombardeios israelenses cessarem, “as respostas também cessarão”.
As autoridades iranianas relataram que duas refinarias de petróleo foram atingidas, aumentando o temor de impacto global no setor energético. Já o número de mortos no Irã, segundo dados do último sábado (14), chegou a 78, com mais de 320 feridos. Em Israel, ao menos 13 pessoas morreram, sendo 10 nas últimas 24 horas.
O presidente dos EUA, Donald Trump, declarou apoio total a Israel e instou o Irã a negociar um novo acordo nuclear para evitar “mais destruição”. As negociações previstas sobre o programa nuclear iraniano foram canceladas.
O espaço aéreo israelense segue fechado e o principal aeroporto do país permanece sem operar, aumentando os alertas sobre um possível conflito prolongado.