Lula mente que ‘condenou de forma veemente’ o terrorismo do Hamas

16 de Fevereiro 2024 - 09h59
Créditos: Ricardo Stuckert/PR

 

A pretexto de criticar guerra de Israel contra terroristas do Hamas, o presidente Lula (PT) mentiu, na manhã desta quinta-feira (15), no Egito, ao afirmar que o Brasil chamou de “ato terrorista” e “condenou de forma veemente” o ataque brutal do Hamas a Israel, quando matou 1,2 mil civis e sequestrou centenas de israelenses, na invasão de 7 de outubro de 2023. Cinco dias após o ocorrido, o Itamaraty chegou a publicar nota para explicar por que não classificou o grupo extremista da Palestina como terrorista.

“Nós condenamos e chamamos o ato de ato terrorista”, mentiu Lula, diante do ditador do Egito, Abdul Fatah Khalil Al-Sisi.

Ao contrário do jogo de cena para fingir imparcialidade, Lula sempre tomou partido contra a reação de Israel, que considera desproporcional à agressão dos terroristas que dominam de forma violenta os palestinos da Faixa de Gaza. O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), concluiu, em novembro do ano passado, que o presidente Lula desonra a diplomacia do Brasil, ao igualar o ato terrorista do Hamas à reação de Israel.

Marinho alertou que o presidente petista expôs uma visão distorcida, ideológica e perigosa, que compromete a credibilidade do Brasil, quando finalmente criticou, somente em 14 de novembro, o terrorismo do Hamas, mas para também acusar Israel de cometer atos terroristas na Faixa de Gaza.

Em 12 de outubro do ano passado, o Ministério das Relações Exteriores divulgou nota explicando que o governo de Lula não classificou o Hamas como “terrorista”, porque o Brasil seguiria determinações do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), que não classificava o grupo entre os que praticam terrorismo.

No Egito, Lula usou a retórica apenas para pedir um cessar-fogo, reforçando suas críticas a Israel e sua ponderação com o terrorismo do Hamas: “Não tem nenhuma explicação o comportamento de Israel, a pretexto de derrotar o Hamas, está matando mulheres e crianças – coisa jamais vista em qualquer guerra que eu tenha conhecimento”, disse o petista, hoje.

Com a pretensão de liderar uma mudança na governança global, Lula ainda criticou a suposta impotência da ONU e de seu Conselho de Segurança diante da guerra na Faixa de Gaza. Criticando que Israel teria a primazia de não cumprir nenhuma decisão emanada da direção das Nações Unidas.

No ano passado, o Grupo Parlamentar Brasil-Israel e as Frentes Parlamentares Evangélicas do Senado e do Congresso Nacional emitiram nota para condenar as falas de Lula que compararam Israel ao grupo terrorista do Hamas. O documento acusou Lula de esconder estupros e execuções do Hamas.

Com informações de Diário do Poder