Macau foi "escolhida" como bode expiatório de uma calamidade nacional

03 de Junho 2020 - 08h47
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O Jornal Nacional veiculou matéria nesta terça-feira, 2 de junho, em que retrata a morte de uma paciente na cidade de Macau. A reportagem errou ao afirmar que a paciente morreu por falta de medicamento. Apresenta também um vídeo em que um homem diz que está faltando médico no hospital. A reportagem faz uma ligação entre a morte da paciente e a falta de médico no hospital, apesar de o prefeito Túlio Lemos ter prestado esclarecimentos à reportagem de que um fato não teria ligação com o outro e que, nas 3 horas em que o hospital ficou sem médico, injustificadamente, não houve falta de atendimento a nenhum caso grave. 
O prefeito reconheceu o erro da Cooperativa Médica em  não cumprir com o seu compromisso de fazer presente os dois médicos contratados diariamente, fato que já está resolvido.
Mas este fato, não teve qualquer ligação com o óbito ocorrido.
Vamos aos fatos verdadeiros: a paciente chegou ao hospital em estado clínico grave. Foi atendida, submetida a todos os procedimentos possíveis e usou a medicação prescrita pelo médico. Infelizmente, não resistiu. Fato que pode ocorrer em qualquer hospital. Com um detalhe: ainda não foi confirmada como positivo para Covid. 
A falta de médico na hora da gravação de vídeo por um popular,  foi retratada como se não houvesse médico na unidade hospitalar de forma contínua. Generalizou uma situação em detrimento da verdade. O hospital de Macau é um dos poucos de seu porte que disponibiliza dois médicos no plantão 24 h por dia, todos os dias. De forma eventual e surpreendente, por cerca de três horas, o hospital ficou sem médico porque os profissionais escalados não compareceram. Fato que foi corrigido em seguida e a unidade passou a contar com dois médicos para atender a população. O fato foi registrado pela direção do hospital e a cooperativa médica foi notificada do ocorrido. 
Ou seja: dois fatos distintos e sem qualquer ligação. A paciente não morreu por falta de médico ou medicamento. A reportagem errou.
Macau foi pioneira em várias ações de prevenção e combate ao Coronavírus e tem promovido contínuas atitudes de proteção aos profissionais da saúde e à toda a população. 
Há cidades vizinhas ou distante de Macau com vários casos de óbito por Covid e nenhuma “mereceu” destaque nacional. Macau foi “escolhida” como bode expiatório de uma calamidade nacional. 
Mas, tudo é política. Ou politicagem. Adversários da gestão municipal “comemoraram” o fato de Macau ter sido notícia nacional por causa de uma morte. Esquecem que o referido hospital realiza dezenas de atendimentos todos os dias, salvando vidas e curando morbidades. 
É triste ver que pessoas inescrupulosas fazem uso de uma morte para tentar obter ganhos políticos, sem ao menos respeitar os profissionais da saúde ou mesmo os familiares da vítima. 
O Hospital Antonio Ferraz vai continuar cumprindo sua missão de salvar vidas, apesar dos ataques permanentes de quem não respeita a vida e nem a morte.