Marinho aciona TCU e PGR contra Lula por ingerência na Petrobras

13 de Março 2024 - 16h12
Créditos: Waldemir Barreto/Agência Senado

O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), acionou o Tribunal de Contas da União (TCU) e a Procuradoria-Geral da República (PGR) para que atuem contra o aparelhamento político e manipulação da Petrobras pelo governo de Lula (PT). O senador denunciou, ontem (12), em discurso no Plenário do Senado, que a ingerência do governo do PT prejudica a maior estatal e a economia do Brasil.

Marinho acusa o governo de Lula de causar a perda de quase R$ 60 bilhões no valor da Petrobras, na Bolsa de Valores, “graças à forma desastrada, eleitoreira, populista e irresponsável” com que interfere na estatal. E sua representação no TCU questiona a legalidade da atuação do presidente da República e dos ministros Rui Costa, da Casa Civil, Alexandre Silveira, de Minas e Energia, e Fernando Haddad, da Fazenda, no episódio que pressionou a estatal a reter a distribuição de dividendos da Petrobras a acionistas.

“Exigimos transparência e respeito às leis, não o típico aparelhamento e manipulação política do PT, que prejudica a nossa maior estatal e a economia!”, disse Marinho, ao tratar de seu apelo ao TCU.

Velho populismo e petrolão

Ex-ministro de Desenvolvimento Regional do governo de Jair Bolsonaro (PL), Marinho acusa o PT de voltar a aparelhar a Petrobras e a adotar “o velho populismo que dilapidou a maior estatal brasileira”, em clara referência aos escândalos de corrupção combatidos pela Operação Lava Jato, o petrolão . “São os mesmos personagens, os mesmos métodos e as mesmas práticas irresponsáveis que afundaram nossa economia em 2015 e 2016”, acusou o senador.

Marinho pede que a PGR investigue possíveis ilícitos de movimentações atípicas com ações da Petrobras, ao sugerir que a entrevista do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, sobre a retenção dos lucros, derrubou títulos da estatal na Bolsa, e milhões de ações foram adquiridas. “Alguém ganhou muito dinheiro com isso. Por isso, pedimos apuração”, justificou.

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) também foi alvo de pedido de Marinho para investigar a ingerência sobre a definição do comando da Vale, bem como sobre a Petrobras estar vendendo petróleo às refinarias da Petrobras por um preço e às refinarias privatizadas por um preço de 10% a 15% maior do que o seu valor de venda.

Com informações do Diário do Poder