Créditos: Alberto PIZZOLI/AFP/JC
O Papa Francisco morreu nesta segunda-feira (21), aos 88 anos, segundo o Vaticano. O anúncio foi feito pelo cardeal Kevin Farrell, camerlengo da Santa Sé.
"Queridos irmãos e irmãs, é com profunda tristeza que comunico a morte do nosso Santo Padre Francisco. Às 7h35 desta manhã, o Bispo de Roma retornou à casa do Pai", disse o comunicado.
Toda a vida de Francisco foi dedicada ao serviço do Senhor e da Igreja. Farrell destacou o exemplo do pontífice na vivência dos valores do Evangelho, com fidelidade e amor universal, principalmente pelos mais pobres e marginalizados.
Francisco enfrentava sérios problemas de saúde nos últimos anos. No início de 2025, passou quase 40 dias internado no Hospital Gemelli, recebendo alta em 23 de março. Diagnosticado com bronquite, pneumonia nos dois pulmões e infecção polimicrobiana, ele apresentou quadros de piora e melhora durante a internação.
O papa chegou a sofrer crise respiratória prolongada, precisou de transfusões de sangue por anemia e apresentou insuficiência renal leve. Apesar de momentos estáveis, o prognóstico era considerado "reservado". Durante o tratamento, usou ventilação mecânica não invasiva.
Francisco, nascido Jorge Mario Bergoglio, foi eleito papa em março de 2013, tornando-se o primeiro pontífice latino-americano e também o primeiro jesuíta a liderar a Igreja Católica.
Sua saúde já era frágil: ainda jovem, sofreu pleurisia e perdeu parte de um pulmão. Em 2021, retirou 33 centímetros do cólon devido à diverticulite. Em 2023, foi internado duas vezes — em março, por bronquite, e em junho, para cirurgia abdominal.
Nos últimos anos, o papa também utilizava cadeira de rodas em razão de dores no joelho e nas costas, mantendo sessões de fisioterapia para mobilidade.
