MPF move ação de improbidade contra Pazuello por omissão no Amazonas

14 de Abril 2021 - 13h09
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O Ministério Público Federal no Amazonas moveu uma ação contra o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello por improbidade administrativa por omissão frente ao agravamento da pandemia de covid-19 no estado entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021.

De acordo com a ação, o Ministério da Saúde retardou as ações e não supervisionou o fornecimento de oxigênio antes do colapso que aconteceu em 14 de janeiro.

Além de Pazuello, mais 5 pessoas são alvos do MPF: a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação da Saúde do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro; o secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, Luiz Otávio Franco Duarte; o secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde do Ministério da Saúde, Hélio Angotti Neto; o secretário de Saúde do Estado do Amazonas, Marcellus Campelo; e o Coordenador do Comitê de Crise, Francisco Filho.

A investigação aponta que o ministério só conseguiu se reunir com a empresa que fornecia oxigênio ao estado, White Martins, às vésperas do colapso.

Procuradores dizem que, mesmo sabendo da crise de falta de oxigênio, o ministério e a secretaria de saúde do Amazonas procuraram outras fornecedoras somente após o colapso.

“Pazuello e seus secretários tinham ciência do vertiginoso e descontrolado aumento de casos no Amazonas na segunda metade do mês de dezembro”.

Inicialmente, o governo federal alegou que foi informado sobre o risco de colapso no dia 8 de janeiro. Após algumas alterações no discurso, o governo afirma que tomou ciência do problema apenas no dia 17 de janeiro.

Fonte: O Antagonista