Na UFRN, Stédile diz que "luta deve ser por espaços na sociedade"

03 de Maio 2019 - 13h10
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A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) voltou a receber um nome de esquerda com atuação nacional. Fundador e membro da direção nacional do MST e filiado ao PT no Rio Grande do Sul, João Pedro Stédile realizou uma palestra no auditório da Escola de Música da instituição nesta quinta-feira (02). 

O evento foi realizado pelo ADURN-Sindicato, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra e do Núcleo de Economia e políticas para o desenvolvimento rural (NERUR) da UFRN. Segundo os organizadores, o evento debateu "o campo e a conjuntura brasileira que envolve a natureza do governo e a reação dos movimentos populares e da sociedade civil organizada".

Na palestra sobre “Os impactos das política econômicas no campo”, Stédile fez uma leitura da situação do Brasil do ponto de vista da luta de classe, na disputa pelo poder político, que, para ele, é maior que a disputa eleitoral e institucional. “Gramsci falava no poder ampliado. A luta deve ser por espaços na sociedade. Desde os sindicatos, à emissora comunitária, a um padre numa missa. E Lênin afirmou que, quando o povo começa a se mobilizar e lutar, aprende em vinte dias o que deixou de conhecer durante vinte anos. A esperança é que logo chegaremos aos vinte dias”.

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Este ano, antes de Stédile, a UFRN já recebeu em três outras oportunidades nomes com atuação na esquerda. Primeiro foi o teólogo, escritor e professor universitário Leonardo Boff, no dia 13 de março. Depois foi a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB), e, por último, a ex-candidata a vice-presidente Manuela D'Ávila, que lanço um livro na instituição de ensino. Todos no mês de março.