O abraço da alma

28 de Fevereiro 2021 - 05h32
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Quando soou o apito que encerrou a partida entre Argentina e Holanda, no Estádio Monumental de Nunez e, consequentemente, a final da Copa do Mundo de 1978, o repórter fotográfico Ricardo Alfiero, da revista El Gráfico, captou uma das mais belas cenas em um estádio de futebol de todos os tempos, quiçá de todas as Copas.

Enquanto o goleiro Fillol e o lateral-esquerdo Tarantini, ajoelhados, se abraçavam agradecendo a Deus o título mundial, um jovem invadiu o gramado e se aproximou dos jogadores para partilhar aquele momento, aquele abraço.

Ocorre que Victor Dell’Aquila não tinha braços a envolver os jogadores. Aos 12 anos de idade, teve os braços amputados após sofrer forte carga elétrica.

A emoção da vitória, da conquista, do título inédito despertou em Victor uma vontade de abraçar o mundo e os seus ídolos. Saiu da arquibancada, pulou o fosso e invadiu o gramado para dividir sua alegria com os jogadores e provar que, embora o futebol seja jogado com os pés, os abraços são dados com a alma.   

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