Palmeiras entra com ação no STJD contra John Textor por declarações sobre manipulação de resultados

02 de Abril 2024 - 12h03
Créditos: Cesar Greco/Palmeiras

O Palmeiras entrou com uma ação no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) contra John Textor, depois de o dono da SAF do Botafogo voltar a falar, sem apresentar provas, que o clube tem sido beneficiado com manipulação de resultados nos últimos dois anos.

O clube pede ao STJD para que Textor seja punido financeiramente e também suspenso por cada declaração em que envolva o Palmeiras em manipulação. O órgão ainda não tomou uma decisão.

Na segunda-feira, o norte-americano declarou ter provas de que o Verdão vem sendo beneficiado pela arbitragem. Ele não as apresentou até o momento.

Em nota, o Palmeiras chamou Textor de "cartola caricato" e classificou essa como uma "bizarra tentativa" de justificar a perda do título brasileiro.

O departamento jurídico alviverde vem montando a estratégia para processar o dono da SAF do Botafogo desde março.

Textor quer levar o caso para a Justiça Comum e não tratar do caso no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Ainda sem exibir provas, ele citou que as manipulações foram nas goleadas do Palmeiras sobre o Fortaleza no Brasileirão de 2022 (quando o Verdão já era campeão), e no 5 a 0 diante do São Paulo, no último campeonato nacional.

Tanto o São Paulo quanto o Fortaleza se manifestaram e prometem tomar medidas judiciais contra John Textor, também.

Dentro do Palmeiras, as declarações dele são tratadas como irresponsáveis e levianas desde o fim do ano passado.

A discussão se iniciou enquanto os clubes eram rivais diretos na briga pelo título brasileiro de 2023. O Palmeiras terminou como campeão, após o Botafogo chegar a abrir 14 pontos de vantagem.

Textor colocou a competição sob suspeita e apresentou um estudo que dizia que o time carioca deveria ter 21 pontos a mais do que o Verdão. A presidente Leila Pereira o respondeu depois de levantar a taça de campeão, em dezembro:

– Me causa estranheza porque eu acho que o proprietário está desequilibrado – disse Leila, à época.

– Chega até a ser ridículo. Ele desprestigia, desvaloriza esse produto tão importante que é o futebol. Ele deveria ter mais serenidade. É uma parte de desequilíbrio do senhor John Textor – prosseguiu.

Com informações do Globo Esporte