
O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante, protocolou na segunda-feira (14) o requerimento de urgência para levar ao plenário o projeto da anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023.
O partido reuniu 264 assinaturas a favor de levar o tema para o plenário. Eram necessárias 257. Da bancada potiguar, quatro dos oito deputados assinam o requerimento: Benes Leocádio e Carla Dickson (ambos do União Brasil) e General Girão e Sargento Gonçalves (ambos do PL).
“Devido às notícias recebidas que o governo está pressionando os deputados a retirar assinaturas, mudei a estratégia e agora está protocolado o documento e público todos que assinaram. O governo não vai nos pegar de surpresa mais”, disse Sóstenes Cavalcante, em entrevista à jornalista Andréia Sadi, do G1 e da GloboNews.
A deputada federal Carla Dickson (União) disse que apor sua assinatura no requerimento para votação do PL da Anistia em regime de urgência “é uma questão humanitária. Essas pessoas que estão presas há dois anos não tiveram o devido processo legal”.
Carla Dickson foi a quarta assinatura acostada ao requerimento, tendo afirmado, ainda, que “é uma insanidade e um absurdo esse volume de prisões e os tipos de condenações”.
E finalmente, completou: “Sou inclusive favorável à anistia ao presidente Jair Bolsonaro também, caso seja necessário”.
Para o deputado General Girão (PL) “Só com a anistia nós conseguiremos pacificar o país. É questão de justiça para aqueles que estão presos injustamente”.
O General Girão está otimista quanto a tramitação da matéria: “ Cada vez mais deputados estão demonstrando conscientização a respeito disso. Estamos confiantes!”
Já o deputado federal Sargento Gonçalves (PL) declarou que a intenção do seu partido é que que esse PL seja pautado no plenário da Câmara Federal pelo presidente Hugo Mota (Republicanos-PB): “Eu entendo que é a pauta mais importante não desse ano, mas de todo mandato, se nós não aprovarmos esse PL da anistia, o sentimento será de que de fato nós não cumprimos a nossa missão”.
“Eu tenho dito que a anistia é necessária para a pacificação política do país. A pacificação política do Brasil passa obrigatoriamente pela aprovação da anistia pelo Congresso Nacional”, continuou Gonçalves.
Então, reforçou Gonçalves, “não poderíamos nos furtar, nos acovardarmos diante desse momento tão importante da nação. Eu tenho certeza que o projeto de lei vai ser aprovado, hoje já tem mais de 310 deputados que se posicionam favoráveis à anistia”.
Por fim, Gonçalves entende que “há uma injustiça enorme acontecendo nesse momento no país, onde centenas de pessoas são presos políticos, perseguidos políticos, que infelizmente têm sofrido com a mão pesada do STF, sobretudo do ministro Alexandre Moraes, que é o relator do inquérito sobre os atos do dia 8 de janeiro, que na verdade não é o relator, ele tem se tornado um inquisidor”.
Com informações de Tribuna do Norte