Créditos: JN
O parecer do Ministério Público Federal (MPF) sobre a suposta atuação de executivos em fraudes contábeis das Lojas Americanas traz um organograma do esquema, investigado no âmbito da Operação Disclosure, da Polícia Federal (PF).
De acordo com o documento obtido pelo g1, a “hierarquia da fraude”, nome dado pelo próprio MPF, tinha 5 escalões e era chefiada pelo ex-CEO da companhia, Miguel Gutierrez. O executivo foi preso nesta sexta-feira (28), em Madri, mas acabou solto na audiência de custódia e terá de cumprir uma série de obrigações com a Justiça espanhola.
Segundo o MPF, os investigados constituíam uma “verdadeira associação paralela, cujas funções não correspondiam às suas atribuições na empresa, para o fim de cometer crimes ao longo do tempo”.
O ex-CEO Miguel Gutierrez, junto com a ex-diretora Anna Christina Ramos Saicali, liderava o esquema de fraudes na Americanas, com Gutierrez ciente e sugerindo alterações nos balanços. Saicali, única integrante do 2º escalão, teve prisão preventiva substituída por medidas cautelares. No 3º escalão, Timotheo Barros e Marcio Cruz intermediavam entre os executores da fraude e a cúpula, cobrando informações e repassando ordens. O 4º escalão, com poder de decisão limitado, seguia ordens dos superiores para continuar as fraudes. No 5º escalão, a colaboradora Flávia Carneiro, subordinada de Marcelo Nunes, executava fraudes contábeis e trocava informações com Carlos Padilha para repassar valores falsos a Gutierrez. A Americanas afirma ser vítima da antiga administração.
G1
