Seleção Brasileira defende invencibilidade de quase 20 anos contra o Uruguai

16 de Novembro 2020 - 11h32
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Brasil x Uruguai: um confronto cheio de rivalidade, com partidas históricas e um retrospecto recente favorável para a Seleção Brasileira. Quando as duas equipes entrarem em campo nesta terça-feira (17), no Estádio Centenário, em Montevidéu, estará em jogo uma invencibilidade de quase 20 anos do Brasil.

A última vez em que a Seleção Brasileira saiu de campo derrotada pelo Uruguai foi em 2001, nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2002. De lá para cá, foram dez jogos, com cinco vitórias brasileiras e cinco empates. O último encontro entre Brasil e Uruguai foi em jogo preparatório no fim de 2018, no Emirates Stadium, com novo triunfo da Amarelinha, por 1 a 0.

Em mais de 100 anos de confronto, Brasil e Uruguai se enfrentaram 76 vezes, com 36 vitórias do Brasil, 20 empates e 20 triunfos da Celeste. A Seleção Brasileira marcou 136 vezes e sofreu 97 gols. A maior vitória da Amarelinha foi por 6 a 1, em amistoso em São Januário, no ano de 1944. A maior goleada do Uruguai foi no Sul-Americano de 1920, por 6 a 0, em Valparíso, no Chile.

Brasil x Uruguai

Jogos: 76
Vitórias do Brasil: 36
Empates: 20
Derrotas: 20
Gols do Brasil: 136
Gols do Uruguai: 97
Maior vitória: Brasil 6 x 1 Uruguai (1944)
Maior derrota: Brasil 0 x 6 Uruguai (1920)

O retrospecto recente do Brasil é justamente o que tem desequilibrado o histórico do confronto, que era marcado por um grande equilíbrio até então. Antes da sequência atual, a Seleção já ostentou invencibilidade ainda maior. De 1960 a 1981, o Brasil não perdeu para o Uruguai: foram oito vitórias e três empates em 11 jogos, que abriram a vantagem brasileira no confronto.

A derrota de 2001 ainda interrompeu uma nova sequência de superioridade brasileira: a Amarelinha não perdia para a Celeste desde 1992. Isto quer dizer que, nos últimos 28 anos, a Seleção só perdeu para o Uruguai em uma única oportunidade.

Início complicado e o Maracanazo

No nascimento da rivalidade, o Uruguai levou a melhor sobre o Brasil. Logo na primeira partida entre os dois países, a Celeste venceu por 2 a 1, no Sul-Americano de 1916. Nos dez primeiros jogos, foram seis vitórias uruguaias, dois empates e apenas dois triunfos brasileiros. Destaque para a goleada por 6 a 0 no Sul-Americano de 1920, no Chile, até hoje a maior vantagem para qualquer um dos lados no confronto.

Não demorou para que o Brasil equilibrasse o retrospecto, mas a Seleção sofreu um golpe e tanto em 1950. Na única final de Copa do Mundo disputada entre os dois países, o Uruguai derrotou o Brasil por 2 a 1 no Maracanã. O jogo, que interrompeu o sonho brasileiro de conquistar o seu primeiro título mundial, ficou conhecido como Maracanazo.

Revanche no México

O trauma da Copa do Mundo de 1950 foi vingado 20 anos depois, no México. Em busca do tricampeonato mundial, a Seleção Brasileira derrotou o Uruguai por 3 a 1 na semifinal, com gols de Clodoaldo, Jairzinho e Rivellino. Marcada pela expectativa por um troco da derrota em 50, a partida foi uma das mais complicadas na campanha do Tri.

O Brasil chegou a sair atrás no placar, mas o Corró deixou tudo igual antes do intervalo. Na volta para o segundo tempo, a Seleção Brasileira encaixou seu jogo e construiu a vantagem com o Furacão da Copa e com o gol de Riva, que fechou a conta. Após a vitória, os jornais brasileiros estamparam o sentimento do torcedor, que se sentiu, de certa forma, vingado.

O brilho de Romário

O Brasil passava por maus bocados nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 1994. Na última rodada, a Seleção Brasileira receberia o Uruguai, no Maracanã, e precisava empatar para garantir a vaga no Mundial dos Estados Unidos. Convocado por Carlos Alberto Parreira após um desentendimento público com o treinador, Romário vivia grande momento no Barcelona, da Espanha, e lutava por um espaço na Seleção Brasileira.

Chamado de última hora após o corte de Muller, o Baixinho foi até o Rio de Janeiro e carimbou dois passaportes para a Copa do Mundo: o dele e o da Seleção Brasileira. Com dois gols e uma atuação antológica, Romário conduziu o Brasil na vitória por 2 a 0, que selou a classificação para o Mundial. Ali, definitivamente, começava a caminhada rumo ao título de 1994. Nos Estados Unidos, o Baixinho foi o comandante do ataque brasileiro na conquista do Tetra.

Paulinho faz três no Centenário

O último duelo entre Brasil e Uruguai pelas Eliminatórias da Copa do Mundo foi inesquecível para Paulinho. Foi em 2017, no mesmo Estádio Centenário, que a Seleção Brasileira derrotou a Celeste Olímpica por 4 a 1, com três gols do meia. O outro gol brasileiro na partida foi marcado por Neymar. Edinson Cavani descontou para os uruguaios.

Fonte: CBF