Sob a presidência de Jean Paul, lucro da Petrobras despenca no 3° trimestre

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Ao divulgar o balanço do terceiro trimestre deste ano, a Petrobras reportou lucro líquido de R$ 26,6 bilhões. O valor representa uma queda de 42,2% em relação ao mesmo período de 2022 e de 7,5% em relação ao segundo trimestre de 2023.

Apesar da queda significativa nos lucros, o resultado não surpreendeu o mercado que já projetava o cenário com base no histórico recente.

De acordo com a estatal, um dos principais fatores que contribuíram para a queda foi a desvalorização da cotação internacional do petróleo em comparação ao terceiro trimestre do ano passado.

No total, de janeiro a setembro de 2023, a Petrobras registrou um recuo de 35,5% nos lucros se comparado aos nove primeiros meses de 2022.

A empresa também destacou que o lucro líquido foi impactado negativamente em R$ 600 milhões por conta de contingências judiciais e impairment (baixa contábil) de ativos como a segunda unidade da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco.

A Petrobras ainda atribuiu parte da responsabilidade da queda do lucro ao governo Bolsonaro. Segundo a estatal, a venda da refinaria de Landulpho Alves, em São Francisco do Conde, na Bahia, teria prejudicado o volume interno de vendas.

“É importante ressaltar que essas variáveis afetaram não só a Petrobras, mas a indústria de óleo, gás e derivados como um todo. Ainda assim, o fluxo de caixa operacional (FCO) da Petrobras está acima da média das empresas globais de petróleo. Os números do ano passado refletiram um cenário atípico de preço alto de Brent que levaram a resultados financeiros recordes para as companhias de petróleo”, diz um trecho do comunicado da estatal.

Por outro lado, a venda de derivados no mercado brasileiro aumentou 1,3% na comparação anual. O diesel avançou 2,2%, a venda de gasolina cresceu 2,7%, e o querosene de aviação, o QAV, avançou 6,1%.

As exportações também cresceram 55,9%, sendo a China responsável pela compra de 40% da produção enviada para o exterior.

A Petrobras também informou que o Conselho de Administração aprovou o pagamento de R$ 17,5 bilhões em dividendos a acionistas.

“Estamos trabalhando para a Petrobras crescer de forma sustentável e rentável. Tivemos um terceiro trimestre excelente com recordes operacionais no E&P, no refino e no processamento de gás. Seguimos com a nossa estratégia comercial para os combustíveis, que vem se mostrando bem-sucedida, tornando a Petrobras mais competitiva no mercado e ao mesmo tempo permitindo períodos de estabilidade para o consumidor. E tudo isso com responsabilidade socioambiental, resultados financeiros sólidos e consistentes, contribuindo para a sociedade e remunerando os acionistas da empresa”, afirmou o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.

Com informações da Gazeta do Povo