Superintendente do Porto de Santos é assassinado; ação do PCC é hipótese

14 de Maio 2020 - 13h01
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O capitão de corveta e superintendente do Porto de Santos, Valter Barros Barbosa, 55, foi assassinado na noite de ontem após ser abordado por criminosos na rodovia Régis Bittencourt, na altura de Cajati, cidade a 250 km de distância da capital paulista. Ele dirigia o carro ao lado da mulher.

Segundo a SSP (Secretaria da Segurança Pública), a mulher relatou na delegacia que os dois foram fechados por um carro prata antigo. Dois criminosos com os rostos cobertos obrigaram o casal a parar. Enquanto desciam do veículo, Barbosa foi baleado.

Segundo o Boletim de Ocorrência, os criminosos fugiram levando celular e carteira, mas não especifica de qual das vítimas.

Investigadores de Santos, de Cajati, da cúpula da Polícia Civil e membros do MP (Ministério Público) disseram ao UOL que ainda é cedo para definir a motivação do crime, que nada está descartado, mas, por envolver o Porto de Santos, deve ser investigada uma possível ação do PCC (Primeiro Comando da Capital).

O porto é estratégico para a facção paulista. É de lá que partem grandes remessas de drogas — principalmente a cocaína — do Brasil para a Europa, África e Ásia em navios de carga. A reportagem apurou com interlocutores, porém, que o cargo exercido por Barbosa não tinha relação com fiscalização e investigação, o que atrapalharia diretamente o PCC.

Pelas características do crime, os policiais entrevistados pela reportagem disseram que não há dúvidas de que foi um homicídio, não um latrocínio (roubo seguido de morte). Um inquérito foi instaurado para tentar esclarecer as circunstâncias e encontrar os criminosos.

Com informações de UOL