Créditos:
O avião já estava na pista e com as portas fechadas. Lá dentro, sentado, a noite não era das melhores, afinal de contas o seu clube, o Internacional, havia perdido para o Santos em partida válida pelo Brasileirão. De repente, ele recebeu o celular em mãos e a notícia "você vai para a Seleção Brasileira, seu morrinha". Assim começou a saga dos sonhos de Thiago Galhardo, que foi chamado pelo técnico Tite na noite deste sábado (14).
Quem levou o celular para Galhardo foi o diretor executivo de futebol do Internacional, Rodrigo Caetano, que havia acabado de liberar o atleta para a convocação. Do outro lado da linha, Juninho Paulista, coordenador da Seleção Brasileira, foi o portador da notícia de forma oficial. Ainda em São Paulo, o atleta deixou o avião e seguiu direto para a concentração no Hotel Pullmann Ibirapuera.
"O avião já estava pronto para sair e tiveram que abrir tudo. Anunciaram e todo mundo começou a bater palma, foi uma emoção muito grande. Não tem nem muito o que falar, comecei a chorar, pensar na minha família. Depois de sair dali, pegar a van, vir para cá, falar com familiares, amigos, foi uma loucura, porque é a realização de um sonho", comemorou Galhardo.
Ainda sem acreditar no que estava acontecendo, Thiago Galhardo revelou que tratou de avisar logo sua mãe da novidade. O motivo: acalmar seu pai, pois ele temia o pico de emoção que a notícia poderia causar. Mais calmo e já com o uniforme da Seleção no corpo, aí ele fez questão de tirar uma selfie enviar para o seu Moacir Rocha.
- Esse ano tem sido mágico para mim. Hoje eu estou tendo o dia mais feliz da minha vida. Chegar aqui, vestir (a camisa), tá sendo um sonho. Todo mundo mandando mensagem, as coisas mudam muito rapidamente. Você atinge um patamar que você sonha, espera, acredita, mas quando acontece, você pode dizer que está preparado, mas não está. Eu to vivendo um momento mágico. Tenho certeza que meus filhos, quando crescerem, vão ter muito orgulho de mim - disse um emocionado Thiago Galhardo.
Para completar o combo de emoções, o carioca ainda contou algumas coincidências que o fizeram até se arrepiar. Desde o ano passado, após a morte de sua avó, dona Ottilia, ele passou a usar o número 17 na camisa. Um homenagem pelo falecimento no dia 17 de novembro de 2019. Curiosamente, essa é a mesma data do jogo entre Brasil e Uruguai, quando ele poderá fazer sua estreia com a Amarelinha: 17 de novembro de 2020. Como se isso já não fosse motivo suficiente para arregalar os olhos, ele ainda herdará o número utilizado pelo atacante Pedro na Seleção Brasileira, já que ele foi chamado justamente para substituí-lo após o jogador do Flamengo ser desconvocado. Adivinhe qual é? 17!
- A maioria dos gols que eu faço eu dedico para ela. Há um ano eu estava recebendo a pior notícia da minha vida. Hoje eu to recebendo a melhor notícia da minha vida profissional, que é poder estar aqui. Um ano perfeito - finalizou.
Fonte: CBF
