Vacina de Oxford deve ter registro aprovado no fim de fevereiro, prevê ministro

08 de Dezembro 2020 - 12h50
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O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou nesta terça-feira (8), que a vacina contra a covid-19 da Universidade de Oxford e AstraZeneca deve ter o registro aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no final de fevereiro de 2021. A previsão foi dada em reunião com governadores dos estados.

Recentemente, o governo federal liberou R$ 1,99 bilhão para viabilizar a produção e/ou a aquisição de 100 milhões de doses do imunizante

O ministro foi questionado sobre a etapa de desenvolvimento da vacina. "Isso é AstraZeneca, em que fase está? Previsão de submeter à Anvisa (em dezembro). Previsão de registro? Previsão de início no final de fevereiro. Então, se Deus quiser, com tudo pronto, nós iniciaremos a vacinação da AstraZeneca",afirmou.

Segundo Pazuello, a vacina de Oxford está na etapa de conclusão da fase 3 dos testes. Quando for finalizada, o processo deve ser encaminhado à Anvisa, que vai avaliar a concessão do registro. O ministro afirmou que esses documentos devem ser enviados à agência até o final de dezembro.

"Se isso acontecer, nós só vamos ter registro efetivo da AstraZeneca no final de fevereiro, mesmo que tenham chegado as 15 milhões de doses em janeiro. A Anvisa seguirá dentro dos seus critérios técnicos. Com certeza, ela vai fazer o mais rápido possível”, disse.

De acordo com o governador do Ceará, Camilo Santana (PT), que participou da reunião por vídeo, a previsão do Ministério da Saúde é de distribuir de 100 milhões de doses da AstraZeneca até junho; começar a vacinação em 3 de março; e distribuir outras 160 milhões de doses no 2º semestre. Ainda segundo Santana, o ministério informou ainda que mais 112 milhões de doses de outros laboratórios serão negociadas.

Pazuello ainda foi questionado acerca das tratativas do governo federal para adquirir a Coronavac, o imunizante chinês feito em parceria com Instituto Butantan. Ele afirmou que o imunizante também está no fim da fase 3 dos testes e, então deve ser submetido à Anvisa. A análise, informou, deve levar aproximadamente 60 dias.

"O presidente falou claramente isso aí: todas as vacinas que tiverem seu êxito, sua eficácia com seus registros da Anvisa da maneira correta e, se houver necessidade, por que não adquirir? O presidente colocou de forma clara, o resto faz parte do dia a dia das discussões do país", afirmou.

Em clima tenso, o ministro chegou a bater boca com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB). O motivo foi o desinteresse do governo federal na Coronavac.

A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, e mais cinco, participaram do encontro presencialmente, no Palácio do Planalto. Outros governantes participaram por mieo de videoconferência.

Fontes: G1 e Folha de SP