[VÍDEO] Lobo-terrível: cientistas revivem espécie extinta há 13 mil anos

08 de Abril 2025 - 06h38
Créditos: Divulgação/Colossal Biosciences


Uma empresa norte-americana de biotecnologia afirmou, nesta segunda-feira (7) ter conseguido alcançar um feito inédito: “reviver” o lobo-terrível. A espécie de lobo gigante foi extinta há cerca de 13 mil anos e ficou famosa pela série de televisão Game of Thrones.

A criação de três espécimes dos lobos-terríveis (dire wolves, do termo em inglês) foi feita pela empresa Colossal Biosciences. Os cientistas introduziram mais de 20 edições genéticas em 14 genes do lobo cinzento comum, personalizando o DNA para recriar o predador pré-histórico com precisão.

Como resultado, nasceram três lobos saudáveis — dois machos de 6 meses e uma fêmea de 3 meses. Eles foram batizados de Romulus, Remus (em homenagem aos irmãos Rômulo e Remo, da mitologia romana, que teriam sido alimentados por uma loba) e Khaleesi, mesmo nome da personagem principal de Game of Thrones.

“Em 1º de outubro de 2024, pela primeira vez na história da humanidade, a Colossal restaurou com sucesso uma espécie outrora erradicada por meio da ciência da desextinção. Após uma ausência de mais de 10 mil anos, nossa equipe tem orgulho de devolver o lobo-terrível ao seu devido lugar no ecossistema”, informou a empresa em comunicado à imprensa.

Retorno do lobo-terrível
Os lobos-terríveis dominaram o sul do Canadá e os Estados Unidos no passado. Com dentes e mandíbulas enormes, eles caçavam cavalos, bisões e mamutes. Mas a extinção dessas presas, provocada pela caça de humanos, teria contribuído também para o desaparecimento deles.

Em 2021, uma equipe de cientistas conseguiu recuperar o DNA do lobo-terrível a partir de amostras de dois fósseis — um dente de 13 mil anos e um crânio de 72 mil anos — encontrados nos estados de Ohio e Idaho, respectivamente.

Com os dados genéticos, os pesquisadores puderam confirmar o lobo cinzento como o parente vivo mais próximo do lobo-terrível – eles compartilham 99,5% do código de DNA.

Em seguida, os pesquisadores do Colossal editaram o genoma do lobo cinzento em 20 locais ao longo de 14 genes para expressar características específicas dos lobos-terríveis, incluindo pelagem de cor clara, comprimento do pelo, padrão da pelagem, juntamente com tamanho do corpo e musculatura.

Os embriões foram implantados em cães que foram mães substitutas e deram à luz as duas ninhadas. Eles não são 100% iguais ao lobo-terrível de 13 mil anos, mas parecem tão próximos geneticamente quanto a tecnologia de ponta poderia ser.

Os animais estão sendo criados em um centro de preservação da vida selvagem no norte dos Estados Unidos. A localização exata é mantida em segredo para evitar visitas de curiosos.

 
 
 
 
 
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Com informações de Metrópoles

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