Deputado federal do RN quer homenagear militares por 64: "Jamais houve golpe"

27 de Março 2019 - 07h08
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Jair Bolsonaro (PSL) recomendou que os quartéis militares celebrem a data de 31 de março, dia em que ocorreu o golpe de 1964 e o Brasil iniciou sua ditadura militar. E o posicionamento polêmico do presidente já ganhou apoio na bancada federal do Rio Grande do Norte. O deputado general Girão Monteiro (PSL) disse que o país precisa homenagear os responsáveis por impedir a implantação do comunismo no Brasil. E foi além: "Jamais houve golpe!".

"Já passou da hora de prestarmos nossas homenagens aos militares que impediram a implantação do comunismo no Brasil, em 64. Jamais houve golpe! A verdade precisa ser dita e repetida para acabarmos de vez com a narrativa da esquerda", disse Girão em sua conta no Twitter.

O porta-voz da presidência, Otávio do Rêgo Barros, confirmou à imprensa que o presidente determinou que as Forças Armadas comemorem o golpe militar de 64, que completa 55 anos neste domingo (31). Segundo o jornal O Globo, "não há a previsão de que haverá alguma celebração do Palácio do Planalto, nem de que o presidente participará de algum ato. No aniversário da data, que iniciou um período de 21 anos de ditadura no país, Bolsonaro estará em Israel. Ele embarca para visita oficial ao país do Oriente Médio no próximo sábado".

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Os anos de ditadura militar foram marcados pelo fechamento do Congresso Nacional, cassação de direitos políticos, perseguição e tortura de adversários políticos, além de censura à imprensa.