
Cada metabolismo tem suas particularidades, por isso não é possível mencionar um limite para o consumo de álcool. Sabe-se que por exageros podem surgir algumas complicações ligadas ao fígado, mas em relação a doenças cardíacas e pressão alta, até especialistas argumentam que o consumo controlado de álcool não é prejudicial.
Entre os benefícios e os malefícios, essa discussão ainda divide opiniões, mas a partir do avanço das análises científicas e laboratoriais, poderiam ser obtidas conclusões mais assertivas.
Foi realizado um levantamento envolvendo o impacto da ingestão desse tipo de droga com 400 mil pessoas com aproximadamente 57 anos cada. Todos os dados necessários foram coletados e armazenados confidencialmente pela Uk Biotank na Inglaterra e devem ser usados por acadêmicos de vários campos no futuro.
O resultado considerou que o grupo que não costuma beber álcool tem 9% de chance de desenvolver anomalias cardíacas coronárias, enquanto a fração que bebe pelo menos uma dose de álcool por dia tem um risco de 10,5%.
Embora o índice tivesse uma diferença mínima, outras observações faziam parte do relatório.
Publicado no JAMA, The Journal of American Medical, um meio de divulgação científica prestigiado, o estudo respondeu a perguntas que intrigam profissionais de saúde há anos. No entanto, apesar de revelar uma diferença mínima levando em conta a probabilidade de quem bebe ou não desenvolver uma doença cardíaca, os técnicos envolvidos alertam que qualquer exagero pode ser fatal.
De acordo com Krishna Arigan, da Massachusetts General Medical, à medida que a taxa de álcool aumenta na corrente sanguínea, os riscos de comprometer numerosos órgãos crescem em grandes proporções.
A classificação é revolucionária, pois pesquisas anteriores demonstraram algum otimismo, identificando que não houve tantas contraindicações no consumo moderado de álcool. Um reflexo de grande progresso, a randomização mendeliana, método adotado pelos responsáveis pela revisão das antigas hipóteses, trouxe uma visão sistêmica e mais assertiva.
Portanto, as ideias que até então eram propagadas eram baseadas em observações mais simples de correlação e não necessariamente da causa. De qualquer forma, permanece o consenso, exageros são prejudiciais à saúde, especialmente aqueles que envolvem vícios.
Com informações de Rede Brasil News