Descubra os alimentos que disparam os picos de glicose no sangue

31 de Março 2025 - 09h32
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O descontrole da glicose no sangue pode ser um gatilho silencioso para o desenvolvimento de diversas doenças metabólicas e sistêmicas, impactando a saúde de forma progressiva. Antes de entender as consequências, é fundamental compreender o que são os picos de glicose e por que eles ocorrem.

Segundo o médico Wandyk Alisson, pós-graduado em endocrinologia, um dos principais fatores que influenciam os picos de glicose é o Índice Glicêmico (IG) dos alimentos. “O IG mede a velocidade com que um determinado alimento eleva os níveis de açúcar no sangue. Alimentos com IG alto são rapidamente digeridos e absorvidos, causando picos de glicose mais intensos e, consequentemente, aumentando o risco de resistência à insulina e outras complicações metabólicas”.

Wandyk Alisson lista alguns dos alimentos com alto IG que merecem atenção: “Entre os alimentos com alto IG, que geralmente apresentam um valor acima de 70, estão os açúcares refinados como o açúcar branco, o mel e o xarope de milho. Bebidas açucaradas como refrigerantes, sucos industrializados e energéticos também entram nessa categoria”.

“Além disso, pães e massas brancas, arroz branco e cereais refinados, batata inglesa e seus derivados processados, doces, sobremesas e até mesmo algumas frutas como melancia, banana muito madura e uva passa podem elevar rapidamente a glicose no sangue”.

Dicas para prevenir picos de glicose
Para prevenir esses picos e proteger a saúde metabólica, o médico oferece algumas dicas práticas e eficazes. “A chave está em fazer escolhas alimentares mais conscientes e adotar hábitos de vida saudáveis”, afirma Wandyk.

O médico sugere preferir carboidratos complexos, como arroz integral, quinoa, batata-doce e leguminosas, e incluir vegetais fibrosos nas refeições para desacelerar a absorção da glicose. “Adicionar proteínas e gorduras saudáveis às refeições também é importante, pois elas ajudam a reduzir a velocidade da digestão dos carboidratos. Ovos, carnes magras, peixes, iogurte grego, abacate, azeite de oliva e oleaginosas são ótimas opções”, complementa.

O especialista também enfatiza a importância de evitar carboidratos refinados e açúcares simples, reduzindo o consumo de doces, pães brancos e bebidas adoçadas, e optar por adoçantes naturais como estévia ou xilitol. Uma estratégia interessante é consumir fibras antes dos carboidratos. “Comer vegetais ou alimentos ricos em fibras como chia e linhaça antes de ingerir carboidratos pode ajudar a equilibrar a resposta glicêmica”, explica.

Além da alimentação, a prática regular de atividade física é fundamental, pois aumenta a sensibilidade à insulina e ajuda os músculos a utilizarem a glicose como energia. “Manter uma boa qualidade de sono e controlar o estresse também são cruciais, já que a privação de sono e altos níveis de cortisol podem elevar a glicemia e causar resistência à insulina”, finaliza Wandyk Alisson.

Fonte: Metrópoles