Segurança do STF diz que homem deitou no chão e aguardou explosão de bomba

14 de Novembro 2024 - 06h52
Créditos: Reprodução GloboNews

 

Em depoimento à polícia, um segurança do STF (Supremo Tribunal Federal) afirmou que o autor das bombas na Praça dos Três Poderes deitou no chão e esperou uma das explosões ocorrer.

Francisco Wanderley Luiz teria se aproximado e ficado em frente à estátua da Justiça em uma "atitude suspeita", segundo o segurança. O homem carregava uma mochila e um extintor. As informações estão no boletim de ocorrência ao qual o UOL teve acesso.

Durante a ação de Luiz, apenas um segurança do Supremo estava no local. Aos agentes da polícia, o funcionário da Corte disse que tentou se aproximar do homem, mas teria sido advertido pelo mesmo. Ele também afirmou que acionou reforço "imediato".

Boletim de ocorrência diz que o Luiz jogou artefatos que causaram explosão, mas a distância impediu que atingisse o prédio do STF. Ele teria lançado cerca de três explosivos. A 500 metros dali, no estacionamento da Câmara, um carro foi detonado.

"Visualizou um objeto semelhante a um relógio digital, que o segurança acreditou tratar-se de uma bomba. Tirou os artefatos e verificou que o indivíduo trazia algo diferente. Pegou um extintor, desistiu e o colocou no chão", diz trecho do depoimento do segurança à polícia.

O catarinense de Rio do Sul foi candidato a vereador em 2020 pelo PL. À época, ele se candidatou com o nome Tiü França e recebeu 98 votos e não foi eleito para o cargo.

Em publicações no Facebook, horas antes das explosões, Luiz falou em bombas na casa de lideranças políticas. "Cuidado ao abrir gavetas, armário, estantes, depósito de matérias etc.", escreveu.

"Deixaram a raposa entrar no galinheiro", disse o chaveiro ao postar uma suposta foto no plenário do STF. A Corte informou que apura a data exata do registro e a veracidade da imagem.

Com informações de UOL