
O procurador-geral da República, Augusto Aras, vai questionar o presidente da República, Jair Bolsonaro, a respeito da troca na segurança pessoal feita 28 dias antes da reunião ministerial do dia 22 de abril.
A revelação, feita pelo Jornal Nacional, da TV Globo, na última sexta-feira (15), mostrou que o presidente não teve dificuldades para mexer na equipe da segurança, o que coloca em xeque versão de Bolsonaro de que sua preocupação não era com a Polícia Federal, mas com a segurança de sua família.
A segurança presidencial é feita pelo GSI, e não pela Polícia Federal.
Segundo o blog de Andréia Sadi, ao final do inquérito, a PGR quer ouvir o presidente Bolsonaro- entre as perguntas, questionará a respeito das trocas. Nas palavras de um procurador, “tudo que for do escopo do inquérito Moro x Bolsonaro será analisado”.
Nos bastidores, Aras tem demonstrado preocupação com a ampliação da investigação que está no STF. Na avaliação do PGR, o inquérito- que deveria durar 60 dias- “não acaba antes de 2022”.
Se o vídeo for divulgado integralmente por Celso de Mello, para a cúpula da PGR, o inquérito “vira palanque eleitoral”.
Aras prepara novas diligências para as próximas semanas- Bolsonaro será o último a ser ouvido. Antes disso, o PGR avalia se pede novo depoimento de Sergio Moro. Nos bastidores, o PGR diz a assessores que, após o depoimento de Mauricio Valeixo, o ex-ministro da Justiça “partiu para o ataque contra o presidente”, citando postagens do ex-ministro no Twitter como exemplo.