Atestado de óbito de mãe de Hang foi fraudado na Prevent Senior, diz dossiê

22 de Setembro 2021 - 12h22
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O dossiê elaborado por 15 médicos contra a Prevent Senior entregue à CPI afirma que a declaração de óbito da mãe de Luciano Hang, Regina Hang, “foi fraudada”.

O documento afirma que ela foi internada em 31 de dezembro e morreu em 3 de fevereiro, com falência múltipla dos órgãos.

“Disfunção de múltiplos órgãos, choque distributivo refratário, insuficiência renal crônica agudizada, pneumonia bacteriana, síndrome metabólica, acidente vascular isquêmico prévio.”

No prontuário, segundo os médicos, havia informação sobre o início de sintomas de Covid em 23 de dezembro.

A adoção de tratamento precoce, com hidroxicloroquina, azitromicina e colchicina teria começado antes da entrada na Prevent Senior. Na internação, de acordo com informações dos médicos, ela teria recebido ivermectina e tratamentos experimentais.

Em um vídeo publicado em seu perfil no Instagram, em 5 de fevereiro, Luciano Hang relatou que a mãe estava assintomática e com “quase 95% do pulmão tomado” quando foi levada ao hospital.

“Eu me questiono: será que se eu tivesse feito o tratamento preventivo, eu não teria salvado a minha mãe?”, diz o empresário no vídeo.

A fala, segundo o dossiê, não condiz com o prontuário.

“Como outros tantos casos de óbitos na rede Prevent Senior decorrentes da covid-19 que não foram devidamente informadas às autoridades, a declaração de óbito da sra. Regina Hang foi fraudada ao omitir o real motivo do falecimento.”

O vídeo foi reproduzido há pouco durante a sessão desta quarta-feira da CPI da Covid, durante o depoimento do diretor-executivo da Precisa, Pedro Batista Júnior. Ele se recusou a comentar o caso.

“Eu não respondo a nenhuma informação sem autorização dos meus pacientes. E eu não responderei seja qualquer um dos pacientes que seja exposto [pela CPI].”

Fonte: O Antagonista